quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ode ao... piu piu!

Imaginem a cena:

Na Grécia antiga, uma vez por ano, as estradas de Atenas teriam vários pênis à mostra. Sim, isso mesmo que você leu: Pênis! O famoso 'passarinho'!
Homens e mulheres marchavam pelas ruas, segurando orgulhosamente uma peça no formato, gigantesca, acima de suas cabeças.

Isso era parte integrante de uma 'celebração dionisíaca' – um festival realizado em homenagem ao deus do vinho da crença grega. Os seguidores de Dionísio ficavam bêbados e uma procissão levava os 'pipis' gigantes ao templo, cantando canções sobre o 'bilu' e gritando grosseiras piadas às pessoas enquanto elas marchavam.
Festivo, não?

O "falicismo" não era só cultuado apenas pelos greco-romanos, mas celebrado em diversas civilizações antigas com formas diferenciadas. 

Os cultos não estão necessariamente ligados ao prazer carnal e a sexualidade, como nas concepções da atualidade, mas sim contra mau olhado e azar. 
Sendo, pois, representado por pingentes, braceletes e outros objetos (por exemplo, foto do pote, abaixo), poderiam ser usados como amuletos! Os amuletos fálicos, por vezes em formas aladas (aaaah, a quinta série que não nos abandona...) eram utilizados como símbolo de força, fecundidade, rapidez e triunfo.


Segundo Aristóteles, essas procissões foram o berço do teatro cômico.  Não é para menos, Ari! 
Ele afirmou que adaptaram as piadas que as pessoas gritavam durante essas caminhadas para usá-las em peças de teatro gregas. Assim, a contrapartida do gênero trágico (que mostra o melhor das pessoas) estaria no gênero cômico (que mostra o pior das pessoas). 

Atualmente a cultura fálica permanece. Não, não falamos dos desenhos que a gente encontra dos "bilaus" nas paredes de banheiros públicos. Temos como exemplo atual, os festejos de São Gonçalo do Amarante que possuem os chamados “quilhõeszinhos de São Gonçalo” (tipo de rosca doce - foto abaixo) que são consumidos durante as festas em honra do “casamenteiro das velhas”.


Fonte
Consumir as tais em praça pública requer coragem! hahahaha... 

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segunda-feira, 13 de julho de 2020

O lado espiritual de Arthur Conan Doyle

O nome de Arthur Ignatius Conan Doyle, famoso escritor e médico escocês, estará sempre associado às 60 histórias sobre o detetive ‘Sherlock Holmes’ da qual é o autor.
Arthur viveu intensamente e possui eventualidades na sua vida, que  podem não serem tão conhecidos pelos leitores. Vamos explorá-las?

➤ Doyle (foto abaixo) recebeu uma severa educação religiosa, mas quando alcançou maioridade, declarou-se agnóstico. Porém, acabou abraçando o espiritismo, fruto de uma série de "incidentes" na sua vida pessoal. 
Sua primeira esposa faleceu (de tuberculose), em 1906, assim como um dos seus filhos, posteriormente. Na Primeira Guerra Mundial, perdeu vários familiares. Tudo isso, levou-o a uma grande depressão e ele encontrou na espiritualidade, uma forma de lidar com a crise.
Doyle seguiu a doutrina mediúnica até o final de sua vida.

➤ Em 1907, ele se casou com Jean Elizabeth Leckie. Conan Doyle teve 5 filhos, 2 com a primeira esposa e 3 com a segunda.

➤ Foi um dos primeiros motoristas da Grã-Bretanha: Doyle teria comprado um carro sem nunca ter dirigido um antes. 
Em 1911, ele participou de uma corrida internacional organizada pelo Príncipe Henrique, da Prússia, competindo contra carros alemães. (Quem será que venceu a disputa?)

➤ Ao contrário do que se imagina, ele não foi nomeado cavaleiro por ter escrito as aventuras do detetive "Sherlock Holmes". Em 1902, o rei Eduardo VII concedeu a Doyle o titulo de ‘Sir’ por seu panfleto de não ficção, “A Guerra na África do Sul: Causa e Conduta”, em que justificava o papel do Reino Unido na Guerra dos Bôeres. Uma propagandinha política, então, teria dado a ele o título. 

➤ Há um aspecto da criação de Conan Doyle que é menos conhecido. Não nos referimos às obras religiosas, de cunho espiritualista, escritas a partir de 1916, como “A Nova Revelação” (1918) e “A Mensagem Vital” (1919). Trata-se de suas narrativas de horror - que, assim como essa crença religiosa, expressam o fascínio do autor pelo que está além da explicação lógica, científica. Conan Doyle escreveu diversos contos breves de horror sobrenatural, psicológico e grotesco, entre outras vertentes. Mas não são tantos os fãs da literatura sombria que sabem disto. Fica a dica!

➤ De acordo com alguns relatos, Doyle era bem ativo. Inclusive, jogava cricket com J.M. Barrie, criador de "Peter Pan". Eles também trabalharam juntos em uma ópera cômica, “Jane Annie”. Dizem que Barrie implorou ao amigo para que revisasse e terminasse a ópera por ele.

➤ Pela proximidade, pode ter dado ‘pitacos’ em “Drácula” e “A ilha do tesouro”. Tudo por que Doyle também era colega de Bram Stoker (que inusitado!) e Robert Louis Stevenson, na Universidade de Edimburgo. 

➤ Entre suas numerosas amizades com "celebridades", estava o famoso mágico e escapista Harry Houdini. Durante anos, foram amigos, mas por conta de sua postura frente à existência de feitos paranormais, eles se separaram. Mesmo quando Houdini revelou os segredos de seus truques, Doyle ainda acreditava na magia.  Ao que contam, as divergências de opiniões aumentaram e acabaram por romper o contato por completo.

➤ Doyle não era fã só de críquete e futebol. Ele também adorava esquiar, tanto que ajudou a popularizar o esporte. Depois de uma mudança para Davos, na Suíça, em 1893, ele dominou o básico da técnica e passou a esquiar regularmente com a ajuda dos irmãos Brangger, dois moradores locais. 
Eles foram os primeiros a cruzar a rota de 19 km de Maienfeld Furka, que separava Davos da cidade vizinha, Arosa. 
Doyle também foi o primeiro inglês a documentar a emoção de esquiar, dizendo: “Você se deixa levar!” e “Naquele ar glorioso, é uma experiência deliciosa.” O escritor previu acertadamente que, no futuro, centenas de ingleses ‘migrariam’ para a Suíça justamente para a temporada de esqui.

➤ Conan Doyle foi encontrado apertando seu peito nos corredores em sua casa, no dia 07 de julho de 1930. Ele morreu de ataque cardíaco aos 71 anos.
Suas últimas palavras teriam sido ditas à sua esposa: “Você é maravilhosa”. Romântico, hein?
Em seu túmulo, no Cemitério de Minstead, o seu epitáfio traz:


Verdadeiro Aço
Lâmina afiada
Arthur Conan Doyle
Cavalheiro
Patriota, Médico & Homem de letras

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Cristóvão Colombo era casca grossíssima!

Na postagem de hoje, vamos desvendar as lendas e as veracidades sobre o grande navegador e explorador italiano, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano: Cristóvão Colombo. 
Muitas coisas que aprenderam na escola não são tão legítimas assim... Confiram!

➤ Ainda que alguns pensem, Colombo não era espanhol. O descobridor da América nasceu na cidade italiana de Gênova. Seu nome em italiano era Cristoforo Colombo (foto ao lado).

➤ Não se sabe até que ponto é verdade, mas alguns historiadores argumentam que Colombo teria proposto a viagem pelo Atlântico ao rei de Portugal antes de sugeri-la à Coroa espanhola. 

➤ Cristóvão não foi o primeiro europeu a chegar à América. Antes dele, os vikings já tinham estado no continente. A descoberta é atribuída ao Bjarni Herjólfsson, no ano de 999, mas por conta de brigas entre os próprios grupos vikings e conflitos com os nativos, não foram bem-sucedidos na colonização da América (talvez, essa nem era a intenção dos mesmos...)
Colombo, quando navegou no final do século XV, em busca de um caminho à Ásia, foi parar na região hoje conhecida como o arquipélago das Bahamas.

➤ Há um mito de que Colombo queria mostrar a todos que a Terra era redonda – e não plana, como as autoridades eclesiásticas defendiam. (Porque raios essa ideia de Terra plana retornou, nem Deus sabe explicar...) Mas ele não tinha essa intenção. As teorias de que a Terra era redonda vêm desde os filósofos da Grécia Antiga (Pitágoras, Aristóteles, Eratóstenes), mas só tiveram respaldo científico com as descobertas de Isaac Newton, no século XVII. 
O que registrou-se é que Colombo, acreditava que a Europa era bem maior do que realmente é, e que o Japão estava bem mais distante da China do que se imaginava. Por isso, ele acreditava que, navegando a oeste, chegaria à Ásia. Eu conto, ou vocês contam?

➤ Na noite de 3 de agosto de 1492, Colombo partiu com 3 navios. Outro mito envolvendo sua história é os nomes dessas caravelas. Aprendemos que eram: Santa Maria, Pinta e Nina, certo? Quase! De fato, todas as embarcações que saíam da Espanha naquela época tinham o nome de algum santo. Assim, a nau maior, Santa Maria, apelidada de Gallega, seria um nome verdadeiro e as outras duas caravelas menores, eram Pinta e Santa Clara. Esta última foi apelidada de Niña em homenagem a seu proprietário Juan Niño de Moguer.

➤ A América foi avistada às 2h da manhã de 12 de outubro de 1492, por um marinheiro a bordo da caravela Pinta, Juan Rodríguez Bernejo (conhecido como Rodrigo de Triaga). Quando eles avisaram as autoridades espanholas, Colombo interveio e disse que ele quem havia notado uma luz no horizonte. Ele ficou com os créditos e ganhou muito por isso, deixando o verdadeiro descobridor sem nada. Que infeliz safado!!!
Cristóvão chamou a ilha (atual Bahamas) de San Salvador.

➤ Daí pode-se tirar como conclusão que Colombo não era flor que se cheirasse...
Inclusive, muitas pessoas de sua época o viam como um ‘monstro’ e o navegador amedrontou muitos com as suas maldades extremistas! Quem só ouviu falar, chocou-se depois de estudar sobre ele! Eis algumas de suas supostas crueldades: Vários nativos foram capturados por ele e feitos escravos. Colombo mandou alguns para o Haiti onde acreditava ter muito ouro e vários deles morreram durante a viagem. Os que retornaram com uma boa quantidade de ouro, receberam uma marcação no pescoço como sinal de que deveriam continuar a viver. Os que não estivessem usando isso teriam uma recompensa um pouco mais dolorosa: suas mãos eram cortadas! Não era um tipo de amputação, pois as feridas não eram tratadas e as vítimas eram deixadas para sangrarem até a morte. 
Não existia tanto ouro no Haiti, o que tornava quase impossível trazer o que Colombo exigia, ou seja, a maioria deles, atentos que não conseguiriam, tentavam fugir, mas os espanhóis os caçavam com cachorros e os matavam assim que os capturassem. Bartolomé de las Casas, um padre que se juntou a Colombo no Novo Mundo, em uma carta para Portugal escreveu: “Meus olhos viram esses atos tão estranhos à natureza humana e agora eu tremo enquanto escrevo”. Traumático, no mínimo!
Ele afirmava ainda, que os homens de Cristóvão cortavam partes dos nativos para testar suas lâminas e que faziam apostas de quem cortaria um nativo em duas partes primeiro ou qual conseguiria cortar uma cabeça de uma vez só. Sádico!!!
Colombo não parou de torturar os nativos e também começou a torturar, também, seus próprios aliados: Enquanto ele permaneceu no Novo Mundo, a comida ficou escassa, então estabeleceu-se algumas regras e uma delas era matar enforcado quem ousasse roubar um mísero pão. 
Quando um garoto roubou um peixe que estava fora da rede de outro, Colombo mandou cortar as mãos do garoto. Outro menino foi visto roubando milho, e Colombo decretou que arrancassem suas orelhas e seu nariz, o chicoteou e em seguida o vendeu como escravo. Quanto horror, não é mesmo?
E a lista das supostas atrocidades não para, infelizmente... Quando uma mulher espanhola irritava Colombo, ele sempre se certificava de que ela estava sendo humilhada corretamente. Ele a mandava ficar nua e a colocava para desfilar pela cidade montada em uma mula. 
Há um relato de que Colombo acusou uma garota de estar mentindo sobre gravidez. Ele então levou a moça para a cidade, totalmente nua em cima de uma montaria, e em seguida cortou a sua língua. 
Em certa época, o navegante resolveu transformar algumas moças em escravas sexuais para fins lucrativos. Sendo assim, ele começou a oferecer crianças entre 9 e 10 anos. Um homem chamado Michele de Cuneo escreveu em uma carta relatando que Cristóvão havia lhe dado uma jovem para servir de escrava sexual, e mesmo sem querer, foi forçado a ficar com ela. 
Pelo visto, aquela figura do Colombo que conhecemos, o desbravador de terras e tudo o mais, pode ter sido uma propaganda falsa, hein? Ele pode ter conseguido toda a fama pelos meios mais terríveis inimagináveis!

➤ Além disso tudo, Cristóvão e seus marinheiros não se limitaram a introduzir as doenças do continente Europeu no Americano. Eles levaram da América para a Europa, a famigerada sífilis! Embora essa teoria não seja nova, estudos de 3 universidades dos Estados Unidos confirmam que a primeira epidemia de sífilis na Europa, de que se há notícia, ocorreu em 1495, dois anos após o regresso de Colombo de sua viagem de descobrimento. Estudos genéticos da bactéria, em 2008, reforçam a hipótese da origem da epidemia... Algo não muito surpreendente, mas completamente decepcionante!

➤ Colombo foi recebido na Espanha com todas as honras depois da primeira viagem. O mesmo, porém, não ocorreu após a segunda e a terceira viagem. Na terceira, ele voltou preso em virtude de um conflito que não conseguiu controlar entre nativos e europeus. 
Depois, foi detido pela Coroa Espanhola por acusações de tirania e brutalidade aos povos indígenas. Demorou, não?!
Mais tarde, negou ter ganhado qualquer benefício por sua ‘descoberta’ e depois ainda, na ocasião de seu falecimento, alguns herdeiros reclamaram indenizações por conta de suas contribuições (através de pleitos colombianos).

➤ Apesar de assegurarem que Colombo tenha vivido ‘seus últimos dias’ pobre e esquecido, alguns garantem que ele possuía uma considerável riqueza proveniente do ouro que os seus homens haviam ajudado a acumular na Ilha de São Domingos. De acordo com seus diários pessoais, ele estava quase cego e sofria bastante em virtude da artrite. Se tudo que disseram que ele fez, for verdade, não havia sofrimento suficiente que não fizesse pagar os "pecados". 
Cristóvão faleceu em Valhodoid, na Espanha, no dia 20 de maio de 1506, com cerca de 55 anos de idade, de parada cardíaca causada por artrite reativa.

Acredite se quiser, mas Colombo morreu convencido de havia descoberto ilhas na costa oriental da Ásia, ao invés de um novo continente. Há!

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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Caroline de Brunsvique: banho é para fracos!

Caroline Amélia Isabel ou Caroline de Brunsvique (foto abaixo) nasceu na Alemanha e foi a esposa do rei Jorge IV, da Grã-Bretanha. Caroline e o então príncipe de Gales ficaram noivos sem que os dois tivessem se conhecido antes. Esse era um costume comum entre os nobres e herdeiros de tronos, os famigerados casamentos arranjados. 
Jorge apenas aceitou casar-se com ela porque tinha muitas dívidas e, se contraísse matrimônio com uma princesa aceitável, o Parlamento aumentaria o seu rendimento quando fosse rei.


Assim, Caroline e Jorge casaram-se em 8 de abril de 1795.
Porém, esse casamento não seria nada parecido com ‘um conto de fadas’!

A esposa de Jorge era uma pessoa amável e gentil. Mas... Não era muito conhecida por seu asseio e não se preocupava também em se vestir adequadamente. 
Quando Jorge - que era muito limpinho - foi apresentado à futura noiva, ficou aterrorizado! No encontro, começou logo a passar mal e quase desmaiou. 
Conta-se que durante a cerimônia, Jorge estava bêbado – será que era uma estratégia para criar coragem para encarar sua nova esposa?! Não vamos julgar, pois faríamos o mesmo!

Diante de tal situação, Jorge conseguiu visitá-la em seus aposentos somente 3 vezes (!): duas, na noite de núpcias e uma vez na noite seguinte. Há relatos de que ele teria dito que ela tinha tantas marcas de sujeira que ele chegou a ficar nauseado. Depois desses eventos traumáticos, teria decidido nunca mais tocá-la. 

O quê a falta de um banho não faz, não é mesmo?!

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segunda-feira, 6 de julho de 2020

O pequeno (?!) Napoleão Bonaparte.

Todo mundo sabe quem foi Napoleão Bonaparte, não é verdade?
Só refrescando a memória: Napoleão nasceu na Córsega, em 15 de agosto de 1769 e foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotou o nome de Napoleão I, Imperador Franceses o que, pelo visto, deixa no ar traços de uma personalidade megalomaníaca. 
Mas aposto que você não sabia que:

➤ Ele virou tenente bem cedo, aos 16 anos.

➤ O ato de Napoleão de coroar a si mesmo perante o Papa, causou a fúria de um dos maiores músicos de todos os tempos. Contemporâneos, Ludwig van Beethoven (falamos sobre ele em uma postagem em maio, ver aqui) nutria uma grande admiração por Napoleão e chegou a dedicar a ele, em 1802, a Terceira Sinfonia, conhecida hoje como “Eroica” (“Heroica”, em tradução do italiano). O alemão se arrependeu disso depois da coroação do imperador, em 1804, julgando ser um ato extremamente tirânico. Também achamos, Bee!...

➤ Até os 17 anos, Napoleão não tinha muito jeito com as mulheres. Magricela, de cabelos engordurados e de uniforme sempre amassado, não atraia muitos olhares femininos. As moças de Paris o consideravam desengonçado – foi apelidado de “Gato de Botas” por uma jovem amiga, porque suas botas eram negras e sujas e pareciam grandes demais para aquele par de pernas finas e curtas. 
Sua vida amorosa deslanchou aos 18 anos (ora, foi só um ano de desprezo!) em 1787, quando abordou uma prostituta nas ruas de Paris. Antes de irem para os 'finalmentes', ele fez um verdadeiro interrogatório para a moça: perguntou onde tinha nascido, de onde tinha vindo, como tinha perdido a virgindade… “Eu a aborreci depois, com minha insistência para que não fosse embora”, confessou o próprio Napoleão, em tom de timidez, nas páginas de seu diário. Queria o quê, Nap? 

➤ Enfim, casou-se aos 26 anos com Josefina de Beauharnais, uma nobre viúva de um visconde, que adorava esbanjar a fortuna de Bonaparte e trair o marido. (Mas o cara não estava com sorte no amor, meeeeeesmo!) O imperador deu o troco (ah, agora sim!) e virou um tremendo “pegador” depois. #garotopiranha

➤ Se bem que... Fofocas rolam demais. A situação não seria muito favorável para Nap... Diz as más-línguas que Bonaparte teria um... micropênis (!), compatível com um de uma criança! As contas são exatamente 2,54 cm em ‘descanso’ (que maldade! Parece que, na verdade, era 3,8 cm) e quase 6,0 cm em ‘ação’. 
Melhor nem comentar...!

➤ O imperador da França (foto ao lado) era bem guloso. Gostava de comer com as mãos e adorava pratos banhados em gordura. No café da manhã, comia ovos fritos com azeitonas e pimenta. No almoço, devorava muita linguiça. O excesso, no entanto, vinha à noite: De acordo com uma revelação do cozinheiro do palácio, Denis Dunant, o patrão tomava uma sopinha de feijão com legumes antes de dormir. O caldo era tão espesso que a colher ficava em pé no meio do prato. 

➤ Napoleão era extremamente racista e é considerado por Claude Ribbe, autor do livro “Os Crimes de Napoleão”, como um dos precursores de Hitler. Segundo o escritor, o imperador proibiu militares negros de morarem em Paris, barrou casamentos inter-racial e revogou a abolição da escravatura nas colônias. Que isso, homem!
Ainda de acordo com Ribbe, ele estimulou na colônia francesa do Haiti que os subordinados matassem o maior número possível de negros. Na Córsega e na ilha de Elba, teria criado campos de concentração. 
Aí, não teve graça...!

➤ Há muita ‘fofoca’ de que ele era baixinho. Na verdade ele media 1,68 m, uma estatura normal, hoje e para a época... E maioria dos retratos, "Bona" aparece com a mão na barriga, já repararam? Não era pose de capa da Vogue... O imperador apresentava dores estomacais, devido a uma úlcera ou uma hérnia – ele apertava o estômago para aliviar a dor, enquanto pousava para os retratos. Mas sim, o outro aspecto é que o estilo classicista da época apreciava tal posição que acabou sendo marca registrada dele.

➤ Napoleão morreu em 5 de maio de 1821, na Ilha de Santa Helena (onde estava preso e exilado). Pesquisadores encontraram arsênico (veneno) em suas vestes, seu cabelo, em talheres e pratos e em móveis. (Suicídio, como Hitler?)
Porém, de acordo com historiadores, seu corpo passou por uma autópsia. Uma das versões é a de que o procedimento teria revelado que ele morrera de câncer no estômago. Provavelmente, Bonaparte tenha sido tratado com algum medicamento que possuía, em sua composição, arsênico e se que acumulou no seu organismo e o intoxicou.
Arsênico também era usado, na época em papéis de parede (lembram-se do “Verde de Scheele”? Veja aqui), como pigmento verde, presente no ambiente onde se encontrava Napoleão.
Antes da descoberta dos antibióticos, o arsênico também fazia parte de um composto químico usado (sem efeito) no tratamento da sífilis, levando à especulação de que ele poderia estar sofrendo da doença.
Em 2005, pesquisadores da Suíça divulgaram um estudo que indica que Napoleão perdera em seu último ano de vida, pelo menos 11 quilos, após análise de 12 calças usadas por ele, antes e durante o exílio na ilha. Esse dado é compatível com a situação de quem sofre com câncer gástrico.
Assim, ainda não foi sabe-se ao certo qual teria sido a causa da morte, mas as opções estão aí. 

Ah! Outro fato curioso: aparentemente, sem explicação... Napoleão teria sido enterrado sem seu pênis, que depois da autópsia teria ido parar nas mãos de um padre e desaparecido. No começo do século 20, ele chegou a ficar exposto no Museu de Arte Francesa, em Nova York. Em 1977, um urologista americano, John J. Lattimer, teria adquirido o ‘pequeno membro’ em um leilão, por 3 mil dólares (!) e está até hoje sob os cuidados de sua filha.

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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Lord Byron: o controverso!

Uma das figuras mais controversas do Reino Unido, o satírico George Gordon Noel Byron, ou simplesmente Lord Byron, entrou para a história da literatura no século 19, depois de escrever vários poemas, entre eles os seus dois poemas mais importantes – os longos ‘Don Juan’ e ‘Childe Harold’s Pilgrimage’ (Peregrinação de Childe Harold). 
A verdade é que Byron é até hoje uma figura enigmática da literatura inglesa. Por mais que estudem ou escrevem a seu respeito, persistirá a contestação. Vamos aos fatos (ou mitos) de Lord Byron!

➤ Lord Byron nasceu em Dover (outra fontes afirmam que foi em Londres), no Reino Unido, em 22 de janeiro de 1788 e tinha um defeito no pé direito, por isso mancava quando andava. 

➤ O pequeno Byron não pôde conhecer muito bem o pai, pois ele morreu de tanto beber quando o garoto tinha apenas três anos. Seu pai, John Byron era um soldado violento e que acumulava monstruosas dívidas, na qual, dentre outras situações, rendeu-lhe o apelido de “Jack Louco”. 
Sua mãe, Catherine, tinha mudança de humor e crises melancólicas, fazendo com que descontasse sua ira/infelicidade em seu filho: certa vez, ela tentou surrá-lo até a morte com um par de tenazes de lareira.  Eita!
Além disso, ela também teria o hábito de beber (embora, alguns biógrafos descartem o alcoolismo), Byron zombava dela, chamando-a de “baixinha e gorda” (e parece que era mesmo!) e ela retrucava chamando-o de “pirralho manco”, tornando difícil sua educação. Que "meiguice", hã?! 

➤ Ainda pior, existem relatos que a governanta de Byron, May Gray, o molestou quando ele tinha a idade de nove anos. 

➤ Talvez a única coisa boa que tenha acontecido na infância de George foi ter herdado a fortuna de seu tio, juntamente com o título: Barão Byron de Rochedale. Dali em diante, George Gordon passou a ser conhecido como "Lord Byron".

➤ Quando cresceu ele se tornou um homem extremamente atraente (foto ao lado). Exceto pelo defeito no pé, a única "imperfeição" de Byron era uma tendência a engordar. Num padrão típico do século XIX, ele superou essa predisposição passando fome e ingerido copiosas quantidades de laxante.
Não façam isso, pessoal!!

➤ À época, muita gente acreditava que Byron era um escritor que usava a literatura simplesmente para transmitir o seu cínico desprezo pela humanidade.
Ele repudiava os excessos nos jantares da burguesia britânica, principalmente os alimentos de origem animal. No entanto, Lord Byron nem sempre foi vegetariano. Inclusive houve um período em que ele chegou a discutir com o também poeta Percy Shelley, (marido da escritora Mary Wollstonecraft Shelley - a autora do Frankenstein), sobre seus descontentamentos em relação ao vegetarianismo. Porém, mais tarde admitiu em carta à sua mãe que estava determinado a se livrar completamente dos alimentos de origem animal, uma decisão que pode ter sido influenciada por Percy. Segundo o poeta britânico, se abster de consumir carne iria proporcionar-lhe percepções mais claras, um novo entendimento da vida e do mundo. 

➤ Tomada a decisão, Byron - que até então era considerado tão volátil como ser humano quanto artista - adotou, em certo período, um estilo de vida surpreendentemente frugal, com uma alimentação baseada em água e biscoitos caseiros, preparados a seu gosto.
Das bebidas alcoólicas, apenas o vinho branco ainda o acompanhava. 
Em 1818, hospedou Percy e Mary Shelley em sua casa com ares de castelo, na Vila Diodati, nas imediações do Lago de Genebra, na Suíça.  Exatamente num período chuvoso que Mary escreveu o esboço de Frankenstein, a dieta de Lord Byron já era baseada em uma fatia fina de pão com chá no café da manhã; vegetais e uma ou duas garrafas de água com gás no jantar; e uma xícara de chá verde sem açúcar na ceia. Ao sentir fome, ocasionalmente ele mastigava tabaco ou fumava charutos. 
Há pesquisadores que creem que o vegetarianismo de Lord Byron era estimulado simplesmente por distúrbios alimentares (estava na cara!). Outros alegam que o vegetarianismo do poeta também foi inspirado no filósofo e matemático grego Pitágoras, que também era adepto do costume alimentar.

➤ O mais intrigante é que, dizem, o poeta John Polidori escreveu uma obra prosaica chamada 'The Vampyre', inspirada em alguns dias que ele conviveu com Byron e o casal Shelley na Suíça. E mais tarde, a história de Polidori inspirou Bram Stoker a escrever 'Drácula'. Muita gente crê que Drácula é um personagem baseado em pesquisas sobre o conde Vlad Tepes, mas tudo indica que o início de tudo foi a inspiração que veio a partir de Byron e o momento em que Polidori escreveu O Vampiro! Conta-se que Byron não gostava de claridade e, na sua casa da Suíça, estava sempre nos cômodos escuros. 
Vai saber se isso era verdade...!

➤ Ainda hoje sua imagem quase sempre é associada a orgias, relacionamentos carnais com centenas de mulheres e muitos relatos envolvendo bebedeiras. Herança genética, talvez? 
Byron era o ‘Don Juan’ (desculpem o trocadinho com sua obra mais famosa) de sua época, e dizem que chegou a levar 250 mulheres para a cama em Veneza, em apenas um ano. 
Sua longa lista de amantes incluía Lady Caroline Lamb (que admiravelmente o descreveu como “louco, maldoso e perigoso de se conhecer”), sua prima Anne Isabella Milbanke (que se tornou Lady Byron em 1815) e, segundo relatos, a própria meio-irmã, Augusta Leigh (numa denúncia realizada pela amante vingativa rejeitada – Lady Caroline Lamb, esposa do primeiro ministro William Lamb). Muitos acadêmicos atualmente sustentam que a filha de Augusta, Mendora, era na verdade o fruto do seu caso com Byron, tornando-o, por assim dizer, uma figura muito mais complexa do que pensávamos...
Tampouco ele restringia suas experiências sexuais com pessoas do sexo feminino. Byron tivera numerosos casos homossexuais, especialmente com garotos menores de idade.
Como consequências, Byron se tornou o libertino mais festejado da Europa e suas realizações poéticas jamais acumularam tanta atenção quanto os rumores desenfreados que espalhavam a seu respeito. 
E uma delas - por estranho que seja - boa parte dos boatos envolvia Byron bebendo vinho no crânio de uma antiga amante... #macabro

➤ Nos tempos anteriores à fotografia, Byron tinha uma maneira incomum de guardar lembranças das suas ex-amantes. Guardava fragmentos de pelos púbicos das antigas amantes em envelopes, anotando em cada um deles o nome da mulher imortalizada no interior. Até a década de 1980, os envelopes e seus encaracolados conteúdos (risos) permaneciam em um arquivo na editora de Byron, em Londres. Depois disso, não se tem mais notícias do seu paradeiro dos fios íntimos. (Alguém achou nojento e jogaram fora, querem apostar?)

➤ Além das mulheres casadas e dos jovens rapazes, Byron adorava animais!
Sua exótica coleção incluía cavalos, gansos, um texugo, uma raposa, um papagaio, uma águia, um corvo, uma garça, um falcão, um crocodilo (oi?), cinco pavões, duas galinhas-de-angola e uma garça-azul egípcia (esse último, achei chiquérrimo!) 
Quando estudante em Cambridge, Byron manteve um filhote de urso em seu alojamento, como um atrevido protesto contra as regras da Universidade que proibiam cães nos dormitórios. Em uma de suas cartas, ele chegou ao ponto de sugerir que o seu companheiro urso se “candidatasse a uma bolsa de estudos”. E você aí rindo da galera que faz festa de aniversário para cachorro, hein? (risos)
Mas calma, que Byron também tinha animais mais convencionais. Costumava viajar levando cinco gatos, sendo que um deles se chamava Beppo (inclusive homenageado com um poema homônimo). Outro de seus amigos inseparáveis era Boastwain, um cão da raça newfoundland. Quando seu companheiro canino faleceu (de hidrofobia), Byron erigiu um monumento no túmulo da família (que é maior do que o próprio monumento a Byron) e eternizou a imagem de Boastwain em verso - que o inspirou a conceber 'Epitaph to a Dogem' de 1808.

➤ Como já vimos em outros casos, as lendas tendiam a superar a realidade... Ele partiu para a Grécia e para um encontro com o destino, auxiliando o movimento de independência grego a expulsar os turcos otomanos. Apesar de uma absoluta falta de experiência militar, Byron ajudou no treinamento de tropas e forneceu o dinheiro necessário para as forças rebeldes. Até hoje ele é considerado um herói nacional da Grécia.
Porém, Lord Byron contraiu febre reumática na ocasião (provavelmente por conta de malária) e morreu com apenas 36 anos, em 19 de abril de 1824.
Sua morte foi resultado de uma das mais mal orientadas técnicas médicas do século XI: sangrou, literalmente até a morte, pelos médicos! Eles fixaram doze sanguessugas nas têmporas de Byron numa tentativa de “extrair” a causa da temperatura elevada. Também o fizeram ingerir óleo de rícino pra induzir a diarreia, outra prática comum na época e que hoje é considerada insana pelas autoridades médicas e não é para menos! Ao todo, a brigada de sanguessugas extraiu quase meio litro de sangue de um homem já debilitado pela febre.  Menos de vinte e quatro horas depois, estava morto.
Dado a sua alimentação fraca, não é de surpreender que ele tenha sofrido dessa forma.

➤ Byron havia desejado ser enterrado no Poet’s Corner da Abadia de Westminster, mas um diácono não permitiu, alegando que era devido a sua má-fama. Em vez disso, Byron encontrou seu último descanso no túmulo da família em Hucknall Tockard.
Esse "descanso" foi perturbado em junho de 1938, quando numa mórbida experiência conduzida por motivos que ainda permanecem obscuros, 40 pessoas se juntaram em volta da sua tumba recém-aberta, querendo dar “uma espiada” no corpo do poeta. (Góticos doidos? Sim ou com certeza?). Quando a tampa do caixão finalmente foi erguida, somente três almas corajosas ali permaneceram. Um desses 'sem respeito' algum, descreveu o cadáver de Byron como “em excelente estado de preservação”. Exceto pela ausência do coração e do cérebro (que foram removidos durante a necropsia) e de um pé direito separado, Byron parecia muito bem para um sujeito que estivera se decompondo havia mais de 114 anos. Uma outra testemunha salientou que o “órgão sexual demostrava um desenvolvimento bastante anormal”, em termos de comprimento e diâmetro. Que raios de comentário! 
Bem-dotado até mesmo na morte, aparentemente Byron riu por último diante os seus "exumadores". No dia seguinte o túmulo foi lacrado e, finalmente, o deixaram descansar em paz.

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

O 'biruta' Rei Carlos VI

O rei Carlos VI (foto abaixo), também conhecido como o ‘Bem Amado’ e o ‘Louco’, foi chefe da casa de Valois e Rei da França entre 1380 e 1422.

Tornou-se rei aos 11 anos, mas compartilhou a regência com 4 de seus tios, até terminar os estudos. O rei foi coroado aos 21 anos, mas seus tios tinham esgotado, praticamente, as reservas da coroa e Carlos teve que cobrar altos impostos, gerando muita revolta e confusão nas províncias francesas, só para variar um pouquinho.
Quando tudo começou a entrar nos eixos, ele passou a ser chamado de “Carlos, o Bem Amado”, e aí sim a coisa ficou boa...

... Mentira!!! Aos 23 anos, Carlos começou apresentar sinais de “desequilíbrio mental”. O rei estava caçando e de repente, mais do que de repente, pegou sua espada, matou um dos seus cavaleiros e partiu para cima do resto da companhia. Antes de ser controlado, Carlos matou ainda outros 3 homens e teve que ser levado de volta a Paris, amarrado. Segura o "hómi"!!!

E assim seguiram-se os rompantes de ‘pirações na batatinha’: num belo dia, ele não conseguia se lembrar do próprio nome e ele se esqueceu de que tinha mulher e filhos.
Durante o inverno de 1395 – 1396, ‘não batendo mais bem das bolas’, passou boa parte do tempo afirmando ser São Jorge – inclusive insistiu para que o brasão de sua família fosse refeito para refletir sua ‘santidade’.
Em outros episódios, em 1405, o ‘maluquinho’, se recusou a tomar banho por cinco meses e ficou todo o período sem trocar as roupas. Eca!!!

Nesta altura, ninguém  controlava mais o doidinho... Carlos era visto repetidamente, completamente nu (!) perambulando pelos jardins reais e remexendo na terra - sabe-se lá Deus o que fazia. 
O rei também acreditava que era feito de vidro, por isso não permitia que ninguém tocasse em sua pele, por medo de quebrá-la. É, caso grave...

O rei Carlos VI, o ‘maluquete’, morreu aos 61 anos de idade, em 1422. Dizem que foram de causas naturais... Hum, bem provável... Mas que tem um bocado de história louca sobre ele, ah isso tem. 

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