segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Fotos curiosas - Parte 3

Nesta 3ª parte, as 10 últimas fotos nostálgicas selecionadas mostram momentos inusitados que marcaram uma época. 
Divirtam-se!

► Primeiro dia após a Suécia ter mudado o lado de direção dos carros, deixando de seguir o estilo de mão inglesa, em 1967:


► Um membro da Ku Klux Klan sendo socorrido por médicos... negros!

Não sabemos se essa foto  é real, mas se for, que ironia...

► O chimpanzé astronauta após sua missão de sucesso, em 1961:


► Uma mulher com máscara protetora e o carrinho de bebê fechado, na Inglaterra em 1938:

Não se sabe o contexto, mas parece bem trágico...

► Harry Houdini fazendo a ‘trapaça do espírito’, em 1925: 


► Um estacionamento comum de New York, em 1930:


► Erguendo a cabeça da Estátua da Liberdade, em 1885:


► Crianças à venda (oi?) em Chicago de 1948. 
Alguns pais vendiam seus filhos devido à pobreza:


► Construção do Muro de Berlim, 1961:


► E também a construção da Torre Eiffel, 1880: 


Esperamos que tenham gostado das sessões de fotos antigas!

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Logo teremos mais curiosidades! Até a próxima

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Fotos curiosas - Parte 2

Seguindo a sequencia de fotos curiosas, nessa 2ª parte, destacamos fotos raras de personalidades.  
Venha com a gente nessa viagem ao tempo e divirta-se!

► Olhem que meiguice: Albert Einstein de pantufas!


► E Adolf Hitler quando era criança, já viram?


► Este é Charlie Chaplin com 27 anos, em 1916:


► Essa é interessante - Allan Pinkerton*, Abraham Lincoln e John Alexander McClernand, na Batalha de Antietam (Sharpsburg), 3 de outubro de 1862:

(*) Alan Pinkerton: detetive e espião escocês-americano, mais conhecido por criar a Agência Nacional de Detetives Pinkerton; John Alexander McClernand: advogado e político americano e general da União na Guerra Civil Americana

► Mais uma do Albert Einstein, aqui no Brasil em 1925:


► Duas figuras importantes, e juntas - Charlie Chaplin e Mahatma Gandhi:


► The Beatles, se preparando para a emblemática foto da capa do disco Abbey Road, em 1969:


► Outra do Albert Einstein, dessa vez, visitando o Grand Canyon em 1922:


► Elvis Presley no exército em 1958:


► Para fechar: Charlie Chaplin e Albert Einstein


Na próxima postagem, seguiremos com a última parte! Conta para a gente, quais vocês gostaram mais!

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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Fotos curiosas - Parte 1

As fotografias são uma forma que marca um momento inusitado, uma emoção, um acontecimento histórico ou uma simples lembrança para ficar eterno.
Vivemos em período virtual, onde a ‘selfie’ ou mesmo aquele registro de uma viagem, uma festa ou prato de comida - não podem deixar de serem publicadas em uma rede social!
Mas, além disso, a fotografia acompanha a evolução do mundo, congelando o tempo e permitindo que nos lembrar e revivenciar, aquilo que tanto nos emocionou no passado...

Com isso, separamos um conjunto de 30 fotos antigas, raras, curiosas, divertidas, aqui divididas em 3 partes. 
Nesta 1ª parte destacamos algumas fotos históricas, que talvez você não tenha visto! Então... aproveite!

► Estes são estudantes de Princeton, depois de uma briga de bolas de neve em 1893, todos inchados e mau humorados:


► O primeiro Mickey Mouse desenhado por Walt Disney:


► Os apartamentos costumavam ter essas pequenas gaiolas para que as crianças pudessem ficar ali e tomar sol e vento (1937):


► Este era o boletim escolar de Albert Einstein: 


► Uma carroça puxada por... um hipopótamo, 1924: 


► O Corcovado, antes de ter o Cristo Redentor:


► Garotas do clube do rifle em 1920:


► "Personagens da Disney" em uma cafeteria em 1961:


► Um típico salva-vidas nos anos de 1920:


► Registro de um teste de colete à prova de balas em 1923: 


Próxima postagem, seguiremos com mais fotos! Gostaram? Então, aguardem!

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Ah, Victor Hugo, seu safadinho!

Separamos as 5 curiosidades do francês Victor-Marie Hugo, romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta e artista, autor de famosos romances: Os Miseráveis e O Corcunda de Notre Dame, para citar os mais populares.

1) Além de escritor, Victor Hugo também se dedicou às causas sociais e à vida política. Ele era completamente a favor dos mais pobres. Com a popularidade alta, foi eleito membro da Assembleia Nacional Francesa, em 1848, defendendo e intervindo em assuntos como a educação gratuita e a abolição da pena de morte. Chamava atenção às situações precária da população e criticava a estagnação da ação parlamentar. E em 1851, ele realizou uma denúncia ao caráter tirano de Napoleão III e fugiu para a Bélgica durante o golpe do ditador.

2) Biógrafos contam que Victor era disciplinado no trabalho da escrita, acordando às 3hs da manhã durante o verão e às 5hs no inverno. Ele possuía uma estratégia particular para produzir obras bastante volumosas – seus romances reúnem cerca de 18 mil páginas e o somatório de toda a sua obra chega a quase 40 milhões de caracteres (!) – e não perder o foco: Entregava a um empregado todas as suas roupas, com ordens para só as devolver após uma determinada hora.  Nu, entrava em uma sala vazia, na qual só estavam disponíveis papel e caneta. A artimanha tinha função de forçá-lo a prestar atenção somente em sua escrita e... podemos concluir que deu super certo!

3) Mesmo casado por 46 anos com Adèle Foucher – amiga desde a infância e com quem se casou aos 16 anos -, Victor dava suas escapadas e tinha várias relações extraconjugais.
Alugava apartamentos nos arredores de Paris com nomes falsos, onde podia assim se encontrar com suas amantes às escondidinhas.
Mas calma! Tudo isso acontecia com o consentimento de Adèle, que sabia de tudo. Após o nascimento da 5ª filha (o primogênito do casal faleceu), a esposa recusou-se a ter mais filhos e concedeu ao marido liberdade para ‘transitar’ por Paris, desde que não a aborrecesse. Com isso, Hugo se entregou a libertinagem, sem se separar de Adèle, nutrindo certo respeito pela esposa.

E não para por aí: durante seu exílio em Guernsey, sua amante, Juliette Droutet, morou perto da mansão do escritor e escreveu nada menos que 22 mil cartas (!) relatando o ciúme que sentia. 
E para fechar esse item com chave de ouro: dizem que ele dormiu com tantas prostitutas que, no dia de sua morte, os bordéis de Paris precisaram ser fechados, já que as funcionárias estavam de luto! Ora, ora... Que beleza hein, homem?!

3) Mas a vida do francês não era só sucesso e mulheres! Na década de 1840 foi marcada por episódios trágicos. Sua filha Léopoldine, morreu afogada no rio Siena. O casamento de Hugo com Adéle gerou desgosto de seu irmão, Eugène, que era apaixonado por ela. Em decorrência disso, Eugène foi internado em um hospício e veio a falecer por fraqueza causada por uma doença psicológica.
E ainda, nesse momento, Hugo descobriu que sua esposa estava tendo um relacionamento amoroso com o amigo da família, o Saint-Beauve.
Enquanto passava por esse período caótico de assimilação e perdas, Victor Hugo conheceu a atriz Juliette (citada anteriormente), com quem viveu o relacionamento extraconjugal até a sua morte.

4) Há relatos de que o francês já experimentou diferentes episódios mediúnicos e espirituais ao longo de sua vida, desde comunicação com mortos em mesas girantes até premonições. É justamente por isso que existem pesquisadores que elejam Victor Hugo como um dos principais precursores do espiritismo na França e no mundo.

5) Em 22 de maio de 1885, aos 83 anos, Victor Hugo morreu de pneumonia, em Paris.  
Exposto por vários dias, sob o Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas lhe prestaram uma última homenagem.
De acordo com seu último desejo, seu corpo foi depositado em um caixão simples e está enterrado no Panthéon.

Quente rapaz!

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O ‘Retrato’ de Oscar Wilde

Oscar Wilde – escritor, poeta e dramaturgo - se tornou um literato popular especialmente pelo romance “O Retrato de Dorian Gray”. O restante de sua produção consiste em vários contos, poemas e peças. Sua obra famosa foi adaptada inúmeras vezes, para o teatro, cinema, televisão e quadrinhos.
Mas há alguns pontos curiosos sobre a vida desse irlandês, que talvez você nunca tenha imaginado... Descubra as 5 peculiaridades que contam por aí, sobre o escritor:

1) Seu nome completo era Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde e nasceu na Irlanda, em uma família rica e... era muito mimado na infância. 
Seu pai era William Wilde, médico responsável pela fundação de um hospital oftalmológico para tratar de pessoas carentes e conselheiro de grandes políticos ingleses. Sua mãe, Jane Francesca Elgee, além de feminista e escritora, era uma poetisa muito talentosa e que deixou forte influência na escrita do filho.

2) Na escola, Oscar Wilde era considerado um dos melhores alunos. Lia em diversos idiomas, principalmente literatura clássica. Sobressaia como latinista (estudos da língua e cultura latina) e helenista (estudos da língua e cultura Grega/Romana), o que lhe permitiu ganhar posteriormente uma bolsa na Magdalen College de Oxford.

3) Namorou e ficou noivo de uma moça chamada Florence Balcombe, que conhecia desde os tempos de estudante. Mas o relacionamento não teve futuro. Anos mais tarde, Florence se casou com outro literato, o Bram Stoker, autor de “Drácula”. 
Em 1884, Oscar (foto ao lado) casou-se com uma inglesa rica chamada Constance Lloyd, com quem teve 2 filhos: Cyril e Vyvyan.

4) Oscar Wilde sempre se vestia bem, com peças caras. Seu estilo excêntrico chamava a atenção na sociedade um tanto conservadora da época. 

5) Em 1895, denunciado pelo pai de um de seus amantes, foi condenado a dois anos de prisão com trabalhos forçados por “atos imorais com diversos rapazes”. O motivo de sua condenação foi a tempestuosa relação com o poeta Alfred Douglas.
Escreveu uma longa carta ao namorado, Douglas, durante a detenção, relatando a rotina e as aflições. Embora o criticasse, ainda se mostrava apaixonado na carta. 
Mudou-se para Paris ao deixar a prisão, uma vez que fora abandonado por familiares e amigos. Adotou o pseudônimo “Sebastian Melmoth” e assim seguiu a vida. 

Oscar Wilde morreu sozinho no dia 30 de novembro de 1900, de meningite, em Paris.

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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Hans Steininger: Cuidadooo!

Às vezes, somos pegos pela vaidade, não é mesmo?!

Reza a lenda que, Hans Steininger, o prefeito da cidade austríaca de Braunau, teve simplesmente azar... Pela vaidade e pela falta de atenção!

Ele ficou famoso por ter a barba mais longa do mundo: quase um metro e meio! 


No dia 28 de setembro de 1567, houve um incêndio em sua cidade. 
Em pânico, o rei esqueceu-se de arrumar sua barba e aconchegá-la em seu bolso frontal, como costumava fazer. 
Na pressa, ele teria tropeçado nos grandes pelos faciais e quebrou o pescoço. 

Depois de morto, sua barba foi removida e guardada como relíquia da família. Em 1911 a barba (foto acima) e outros pertences foram entregues ao museu da cidade.

Se for isso mesmo, só podemos dizer uma coisa só: Trágico!

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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O estudo na Idade Média

Aproveitando a postagem anterior, perguntamos: afinal, quem escrevia na Idade Média? A resposta para essa atividade é simples: poucos!

No final da Era Antiga, as instituições e os indivíduos se encontravam desmoronando. Assim como a alfabetização! Devido ao sistema, o número de pessoas nas escolas era bem restrito.

Tudo consolidava para a situação precária: as bibliotecas estavam desfeitas ou queimadas, as escolas laicas (não ligadas à igreja) estavam desaparecendo e o monopólio da instrução era administrado pelas instituições eclesiásticas – direcionadas às qualidades morais e culturais.

Na Alta Idade Média, quem escrevia, portanto, eram quase exclusivamente os clérigos que se formavam nos mosteiros (foto abaixo) e utilizavam um latim que, recheado de termos emprestados das línguas germânicas, pouco ou nada tinha ainda a ver com o latim clássico.

Entre os leigos, era raro ostentar uma modesta instrução... E os soberanos? Eram escassamente cultos, salvas raras exceções! Bastava só ter "sangue azul" mesmo... 
Pode parecer estranho, mas muitos sabiam ler, mas não escrever! Para nós, hoje, as duas coisas estão ligadas, mas nunca foi assim. A aprendizagem do 'ler mais escrever' é uma prática didática e um conceito moderno.

Os nobres utilizavam a leitura “mental”, visto que geralmente os textos eram declamados ou, ao máximo, sussurrados em voz baixa. 
Por isso, nas bibliotecas dos conventos medievais, longe de ser silenciosas, ouviam-se os burburinhos dos que liam, recitando incansavelmente.

Aposto que você conhece alguém que tenha estudado na forma de ‘repetição’: o(a) professor(a) falava e os alunos repetiam em voz alta. Ou na hora de estudar para uma prova, usava esse método de ‘eco’...!
Embora não seja mais considerado o melhor método didático, para algumas pessoas... funciona.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Carlos Magno: Só não estuda quem não quer!

Há quem faz de sua ‘ignorância’ um ponto forte. O Imperador do Sacro Império Romano, Carlos Magno acaba por ser um destes exemplos. 

Embora mal soubesse escrever, ele era amante das letras e das artes e conhecia bem, não apenas o latim (e o franco, sua língua materna), mas inclusive algumas palavras em grego. Aprendeu-as graças à proximidade de um círculo de doutos que ele mesmo reuniu na Academia (Schola) palatina de Aachen.

Curioso por natureza, Carlos (foto abaixo) solicitou à corte, além da prática das “clássicas” artes do trívio - gramática, retórica e dialética -, também o estudo das artes do quadrívio: música, matemática, geometria e astronomia, de que foi um grande apaixonado.

Situação nada fácil, pois havia a falta de livros e a insuficiência do sistema escolástico no final da Idade Antiga, como se pode imaginar...

Carlos remediou esse cenário insistindo na formação dos eclesiásticos e restaurando bibliotecas, criando em muitos mosteiros scriptoria (é o espaço onde os livros manuscritos eram produzidos) adequados para permitir que fossem copiados e transmitidos os textos antigos. 

Foi elaborada também uma nova escrita, a “minúscula carolina” (tipo de caligrafia), tão simples e legível que se impôs como modelo, durante o Renascimento, para a invenção dos caracteres de impressão. 

As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações e detalhes em dourado) e relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram esse período.

Carlos Magno tinha como um dos seus principais objetivos alfabetizar o máximo número de pessoas possíveis. Ele tinha como opinião que uma pessoa não conseguia viver bem e agir como se não tivesse conhecimento das palavras e não soubesse usá-las bem na hora de se comunicar. 

Uma verdadeira contradição, se considerarmos que a mão do imperador, empunhando o cálamo (planta usada para escrever), era totalmente 'atrapalhada' a ponto de precisar ser guiada para escrever sua própria assinatura por um normógrafo (instrumento auxiliar para desenho). 
A assinatura era um monograma, ou seja, combinação letras, montadas na forma de cruz.

Estão vendo? Isso faz a gente repensar o conceito de "ignorância" não é mesmo? 

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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

J. R. R. Tolkien e a sua paixão pelas línguas

Há 47 anos atrás o autor inglês J. R. R. Tolkien nos deixava. Quem é Tolkien? Ora, meus queridos e queridas, vocês não sabem? O nome Frodo e o título 'O Senhor dos Anéis' lembram alguma coisa?

Sim? Pois bem: ele é o autor desse grande livro, um dos mais lidos e traduzidos no mundo, e foi um grande professor universitário e exímio filólogo.  

Para fazer uma homenagem a esse grande escritor (foto), vamos contar algumas coisinhas sobre sua vida.


John Ronald Reuel Tolkien nasceu no dia 3 de janeiro de 1892 em Bloemfontein, África do Sul. Filho de um casal inglês, seu pai trabalhava no banco na cidade quando o pequeno Ronald nasceu. Logo ele ficaria órfão de pai (que contraiu febre reumática e faleceu). Ronald tinha 4 anos na ocasião e sua mãe, Mabel, havia voltado para a Inglaterra um ano antes para  cuidar da saúde. Ela levou ele e seu irmão mais novo, Hilary Arthur, para junto de sua família materna e por lá, acabaram ficando após o falecimento do marido e do pai.  

Em 1900, a situação financeira de sua família se deteriorou. Sua mãe era de uma família anglicana, e acabou convertendo-se se ao catolicismo. Contra essa escolha, Mabel e os meninos perderam toda a ajuda financeira de seus familiares. Por isso, quando sua mãe ficou gravemente doente, por complicações na diabetes (sem tratamento na época) ela não resistiu. O garoto Tolkien tinha 13 anos, e viu nisso um sacrifício pela fé. Converteu-se também ao catolicismo e seguiu os preceitos da religião até o fim de sua vida.

Ele e seu irmão mais novo Hilary Arthur viveram uma infância simples e apesar dos problemas, relativamente feliz, nos subúrbios da Inglaterra. Com o falecimento de sua adorada mãe, ele e o irmão mais novo ficaram aos cuidados do Padre Francis Morgan. Foi ele quem ensinou a Tolkien o significado do perdão e da caridade. No orfanato que moravam, ocorreu outro episódio que marcaria a sua vida: Tolkien conheceu Edith Bratt em 1908, uma jovem órfã que viria a ser a grande paixão de sua vida, além dos livros e as línguas.

Por algum tempo, Tolkien foi um pouco sapeca: Ele e Edith namoraram as escondidas, já que Padre Francis - seu tutor - sabia da inclinação aos bons estudos do garoto e achava que “namoricos” tiraria a atenção dele, prejudicando sua educação. Diante de uma proibição de se encontrar com Edith antes da maioridade, Tolkien se viu obrigado a se afastar da namorada por um tempo.

Assim que completou 21 anos, ele não titubeou em escrever uma carta à Edith. O conteúdo da missiva era um só: convencê-la  a se casar com ele. Apesar de ela já estar comprometida com outro rapaz, Edith terminou o relacionamento e aceitou o pedido de Tolkien que tinha também uma outra “exigência”: a conversão ao catolicismo. Juntos eles tiveram quatro filhos: John Francis (1917–2003), Michael Hilary (1920-1984), Christopher John (1924-2020) – seu herdeiro literário – e a caçula, Priscilla Anne (1929).

Na infância ele inventava línguas por brincadeira, mas quando adulto, seguiu o costume por puro prazer. Delas, brotaram suas melhores histórias – inclusive aquelas conhecidas por todos nós como 'O Hobbit' e 'O Senhor dos Anéis', para mencionar as mais famosas.

Tolkien era um professor, marido e pai muito dedicado. Para os filhos, a coisa não foi diferente da sua vida profissional: muitas narrativas de sua autoria foram direcionadas aos seus primeiros leitores, seus meninos e menina – como 'Roverandom', 'Mestre Gil de Ham' e 'As Cartas de Papai Noel'.

Como aluno, era o típico cara sério e tímido, mas sempre se destacava como muito inteligente e profundo estudioso de idiomas. Se havia algo no Tolkien estudante que deve ser notado como algo espetacular era a sua propensão à descoberta e o prazer nos estudos, sobretudo sobre literatura e línguas antigas.

Como acadêmico era o mesmo: era tímido em público, mas diversos alunos demonstraram interesse por suas aulas serem altamente dinâmicas. Ele entrava na sala e declamava poemas – por exemplo – em gótico, com uma naturalidade ímpar. Há quem conte que ele “transformava as suas aulas em um salão de hidromel”. Devia ser bem interessante!

Por falar em línguas, o homem sabia muitas. Sua mãe o ensinou o latim, o alemão e o francês. Na escola e na faculdade ele aprendeu grego, inglês antigo, anglo-saxão, as línguas latinas - italiano e espanhol, além do gótico, o  galês moderno e medieval, o nórdico e por conta própria, o finlandês (que é uma língua moderna). Há registros também de que tivesse conhecimento sobre russo, sérvio, sueco, dinamarquês e holandês. Ufa! Sim, ele tinha a formação de filologia, o estudo das línguas, então conhecer muitos idiomas era algo que não surpreende tanto.

Foi professor de Oxford durante muitos anos, ensinando Inglês e Literatura.  Tolkien nunca abandonou o ofício acadêmico sendo um dos principais responsáveis por traduções antigas para o inglês moderno, dentre elas 'Sir Gawain e o Cavaleiro Verde' – do círculo de lendas arturianas e 'Beowulf'. O fato de ter virado um literato de relativo sucesso, escrever aventuras de fantasia para publicações era algo que ele fazia nas horas vagas.

Por falar em seus livros, Tolkien não gostava da produção de conteúdo em massa e era meticuloso com a escrita. Revisava diversas vezes todo volume que iria ser publicado o que acabava fazendo com que se ultrapassasse os prazos editoriais.

O sucesso de seus livros foi uma surpresa e ele negou, por muito tempo, as adaptações das obras. Para ele, as pessoas não compreendiam o subtexto de suas histórias de fantasia... Ele teria ficado horrorizado com as adaptações cinematográficas de Peter Jackson (parte de seus descendentes era particularmente a produção dos filmes) – que condensaram bastante a história de seus livros. Imaginem ele encontrando um fã fazendo "cosplay" do Frodo!!... Teria infartado o Professor Tolkien!

Parece um cara ranzinza? Nada disso! Muitos contam que ele era bem divertido. Uma vez ele se vestiu de guerreiro viking para uma festa e perseguiu um vizinho pelos jardins, nestes trajes e com uma espada em punho, rsrsrs... Foi brincadeira, é claro, nada violento.

Noutra ocasião, em uma loja,  ofereceu a própria dentadura à atendente como forma de pagamento pela compra que havia feito. Imaginem a reação dessa moça?!

Tolkien odiava carros. Na verdade, ele não gostava de tecnologia e nada que não fosse natural, como televisão e indústrias (as tais poluidoras que ele era totalmente contra). Em 1932 ele comprou um carro. Foi obrigado a isso, mas não gostava nem um pouco de dirigi-lo. Ele saia às ruas de Oxford à toda velocidade e quando ultrapassava os outros veículos, gritava algo como “Avante!!”. É uma cena que, apesar de perigosa, devia ser divertida de presenciar. Logo que os filhos cresceram, ele se desfez do carro rapidamente já que não tinha mais utilidade.

George Sayer, amigo do escritor, lembrou-se de um episódio bastante incomum do Professor: ele o viu exorcizando um gravador com a oração do Pai Nosso em gótico, logo antes de gravar trechos dos livros 'O Hobbit' e 'O Senhor dos Anéis', tamanho era o seu desconforto com essas coisas eletrônicas. Um detalhe: Para Tolkien, o gótico deveria ter sido uma das línguas litúrgicas do Ocidente – algo que provavelmente, muito católico conservador acharia (e acha) uma enorme heresia.

Tolkien faleceu em 1973, depois de se sentir mal em uma festa, no dia 28 de agosto. Foi internado no dia seguinte, por conta de uma úlcera e hemorragia. Depois de descobrirem que tinha uma infecção no peito, ele faleceu no domingo do dia 2 de setembro, aos 81 anos de idade.

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