segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Os ‘modernosos’: Buckminster Fuller e Filipe I, Duque de Orléans

Tem gente que está sempre além de seu tempo, não é mesmo?! Veja as curiosidades desses dois ‘pra-frentex’:

O arquiteto e cientista Buckminster Fuller (foto abaixo) é mais famoso por criar a cúpula geodésica (ou domo geodésico), desenvolver os conceitos de cidades futuristas e um carro chamado de Dymaxion em 1930. Porém, Fuller também era um pouco excêntrico, só para variar... 

Comenta-se que ele usava três relógios com o intuito de saber as horas em diferentes fusos.

E também passou muito tempo narrando sua vida: De 1915 a 1983 (ano em que morreu), Fuller manteve um diário detalhado de seu cotidiano, que ele atualizava religiosamente em intervalos de 15 minutos. O registro resultante, chamado de Chronofiles Dymaxion, é formado por uma pilha de 82 metros de altura e está alojado na Universidade de Stanford. 

Será que alguém se habilitou a ler todo esse material?! #tenhomedo

Já o exuberante Filipe I, duque de Orléans (conhecido também como o “Monsieur”) (foto acima), irmão do Rei Luis XIV da França, era conhecido como... travesti!  O Duque de Orleans ficou marcado na História pela maneira distinta de se vestir e por sua feminilidade acentuada. 

Ele não tinha o menor pudor em se vestir de mulher - era adepto às perucas, saltos-altos na corte e muito vaidoso - e ficar cercado de ‘amiguinhos’ que saboreavam o mesmo "hobby" com ele.

O Monsieur possuía vários amantes (homens e... também algumas mulheres), mas teve um relacionamento cerca de 30 anos com Filipe – o Cavaleiro de Lorena. 

Isso que era paixão!

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Fotos versus fatos curiosos

Preparamos um post recheado de fotos e suas curiosidades! 

Percebemos que a imaginação, ideias e riscos não tem limite! Divirtam-se!

Annie Edison Taylor (foto), 1901, foi a primeira pessoa a sobreviver uma queda nas Cataratas de Niágara. Ela estava dentro de um barril durante a queda. (Lembraram do episódio do Pica-Pau, não é? Rsrsrsrs...)

Os radiadores de dupla utilização eram populares na Europa no início do século XX. Eles serviam para aquecer os alimentos ou para secar calçados. Hoje essas “caixas” quase nunca são encontradas, pois funcionavam apenas com aquecimento a vapor. As casas modernas são aquecidas com água quente, o que requer menos energia.

Nas fachadas de muitos edifícios de Florença (Itália), você pode ver algo semelhante a uma porta minúscula. Era a “a janelinha do vinho”, que levava ao lugar mais importante da casa italiana do século XVI: a adega. Através desses buracos, qualquer um poderia comercializar seu vinho. Os moradores da cidade podiam comprar a bebida alcoólica literalmente em cada esquina a um preço muito conveniente, inferior ao das tabernas. 

Nos anos 20, as roupas de banho das mulheres (foto) tinham que ser medidas para que elas estivessem "adequadas” a tomar banhos de praia.

Se vissem os "paninhos" de hoje, que não escondem nada...

Nas portas de alguns edifícios do centro histórico de Estocolmo (Suécia) você pode ver escudos com a representação da ave fênix. No século XVIII, esse medalhão custava uma fortuna e as casas da cidade antiga eram construídas tão próximas umas das outras, que os incêndios destruíam bairros inteiros. Os bombeiros primeiro atendiam as casas com esse sinal — indicativo de riqueza — na fachada. E as casas dos pobres eram as últimas a serem salvas.

Na Idade Média, o vinho era a bebida mais importante; ele era usado para desinfetar a água, para curar doenças e até mesmo para prevenir a peste bubônica (embora sem sucesso). A nobreza, os monges e as pessoas comuns o consumiam em enormes quantidades. Os ferreiros do castelo de  Cochem (Alemanha) criaram um truque que facilitava a vida daqueles que exageravam no seu consumo. Na foto acima você pode ver a fechadura da adega. Foram feitos desenhos especiais em volta do buraco da fechadura que os embriagados consumidores não errassem o buraco da fechadura mesmo na pior das bebedeiras. 

A característica distintiva de qualquer saloon (uma espécie de bar) do Velho Oeste (Estados Unidos) era uma porta que se abria em ambas as direções. À primeira vista, é um projeto pouco prático. No entanto, a porta desse tipo tem um propósito muito claro. O primeiro e o mais óbvio: a ventilação. Em segundo lugar, o puritano: o olhar dos piedosos habitantes das aldeias ficava protegido da indecência que reinava dentro do saloon, com música, bebida e relações nada familiares entre homens e mulheres. Porém, os clientes viam a luz de longe e sabiam que o estabelecimento estava aberto. E, finalmente, a terceira, a publicidade: o formato das portas de bat wing, ou as asas de morcego, tornava o salão reconhecível mesmo sem letreiro.

Hoje, comprar leite não é nenhum problema em lugar nenhum do mundo. Há muitos laticínios em qualquer padaria ou mercadinho de esquina. Mas até meados do século XX, a entrega em domicílio dessa bebida era assunto dos leiteiros. Nas paredes de algumas casas, tanto no Reino Unido como no Estados Unidos, você ainda pode encontrar portas minúsculas usadas para a entrega. O leiteiro abria a porta e deixava a garrafa de leite entre ela e a parede.

As janelas diagonais são uma característica das casas antigas do Estado de Vermont (EUA). Por que são chamadas janelas de bruxa? Seu nome vem de uma superstição de que as bruxas não podiam voar com sua vassoura através de janelas inclinadas. Existe uma versão mais realista. É difícil colocar uma janela regular no sótão: apenas uma folha da janela vai caber. Então a solução foi inclinar a janela em 45 graus. E essa medida foi adotada para melhorar a iluminação e ventilação do sótão.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Não se meta com Genghis Khan e Lúcio Aurélio Cômodo!

Vamos conhecer dois imperadores que marcaram sua era com violência e insanidade: de um lado, um dos maiores conquistador da história, do outro, um dos piores imperadores romanos.
Genghis Khan (foto acima) nasceu na Mongólia, no ano de 1162 e foi o maior governante do seu tempo, controlando um território onde coexistiam diferentes etnias e religiões. 

Tornou-se o único senhor de um império que se estendeu da China ao Golfo Pérsico, dos desertos gelados da Sibéria às florestas indianas. 
No entanto, durante suas campanhas militares matou milhões de muçulmanos, cristãos e budistas. 

Por causa das expansões (e safadeza, também), calcula-se que Genghis Khan seja o pai biológico de 5% da população asiática. 
Era o Mr. Catra da época!

Genghis Khan isentava os pobres de pagar impostos, permitia que seus súditos praticassem a religião que quisessem e encorajava a alfabetização de todos. Por conta disso, muitas pessoas se uniram ao seu império voluntariamente. Então era muito esperto!

É provável que Genghis Khan tenha tomado poucos banhos na vida. Os mongóis acreditavam que se lavar nos rios iria irritar os dragões com a sujeira. Por isso, não se lavavam e tampouco o faziam com suas roupas. 
E mesmo assim conseguiu mulheres?! Eis um mistério...!

Genghis morreu aos 66 anos no auge do seu poder. Ainda hoje não se sabe se ele foi ferido durante a guerra, adoeceu mesmo ou foi envenenado por alguma intriga palaciana. De acordo com os relatos de Marco Polo - o explorador e mercador italiano - ele morreu em decorrência de um ferimento de flecha em um de seus joelhos. 

Vai saber a verdade...
Lúcio Aurélio Cômodo (Roma, 161-192) (foto do busto, acima), achava-se a "reencarnação de Hércules" - semideus filho de Zeus. Era um "cabeçudo"! Ele imaginava ter a mesma força do semideus e para mostrar sua bravura, enfrentava animais e pessoas no Coliseu — um dia, conta-se, ele matou 100 leões. Pobres bichinhos...

Em outras ocasiões, de forma mais performática, mandava amarrar deficientes físicos para massacrá-los, reencenando as lutas de Hércules. 
Sacrifícios humanos também eram comuns em seu reinado, considerando que ele os oferecia em nome de Ísis, a deusa que adorava.

Relatos contam que ele tentou mudar o nome de Roma para Colonia Commodiana e exigiu que os romanos se autodeclarassem comodianos. 

Seu reinado, porém, não durou tanto quanto ele gostaria. Em 192, Cômodo foi morto estrangulado, no banho, por um campeão de lutas chamado Narciso.
Rival? Hmm...

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Sultão Ibrahim I e Ivan IV: quem vence na ‘loucura’?

Continuando na saga dos líderes políticos “doidinhos”, hoje falaremos de dois outros: Sultão Ibrahim I e Ivan IV.
Ibrahim I (foto acima) foi um dos mais famosos sultões otomanos. Ele sucedeu Murad IV (1623-1640), seu irmão. O desejo de Murad não era bem esse – Murad havia pedido que matassem Ibrahim antes de sua própria morte. Entretanto, Ibrahim foi libertado da Kafes (a prisão especial para potenciais herdeiros do trono) por ser considerado muito louco para ser uma ameaça, e acabou assumindo o reinado em 1640. E Ibrahim quase levou o império ao colapso em pouco tempo. 

O apetite sexual do sultão, que cresceu preso num harém, era lendário. Diziam que ele havia inventado novas posições sexuais e tudo o mais. Passou a viver uma vida de luxúria e alguns desejos sexuais um tanto quanto bizarros, inclusive.

Um dia, andando em sua carruagem, se encantou com "as partes" de uma vaca e pediu que encontrassem uma mulher igual. A escolhida, que foi localizada na Armênia, pesava 149,69 quilos e foi apelidada por ele de Sechir Para (literalmente, “torrão de açúcar”). Que meigo!!

Ibrahim estava tão satisfeito com ela que lhe deu uma pensão do governo e o título de Governadora-Geral de Damasco. Quando ele ouviu um boato (criado pela própria Sechir) de que suas concubinas eram comprometidas com outro homem, mandou afogar 280 membros de seu harém no mar de Bósforo. Uau!

Conta-se que ele foi visto, uma vez, alimentando peixes - que viviam na piscina do palácio - com... moedas!
Não é de se espantar que todos seus feitos lhe renderam o apelido de “louco” – por razões óbvias.

A vida de extravagâncias gerou muitas mordomias ao sultão, mas ela também foi responsável pelo seu fim.
Após afundar o reino em dívidas, houve uma rebelião e ele foi deposto e enjaulado. Em 18 de agosto de 1648 ele foi estrangulado como sentença de morte.
O Ivan IV (Rússia, 1530-1584) (foto acima), não foi apelidado de ‘Terrível’ à toa. Sua parceira era a fúria. Vamos à listinha do ‘ser raivoso’:

- Ivan, o Terrível, teve a infância marcada pela perda de seus pais. Aos sete anos, foi deixado nas mãos dos membros da elite do governo russo, e foi severamente maltratado e abusado por eles no próprio palácio que era seu por direito. Eventualmente, o abuso deu lugar à loucura. 

- No começo, conta-se que Ivan torturava pequenos animais. 

- Em 1544, quando completou 14 anos, assumiu o controle da Rússia, lançando o chefe do governo a uma matilha de cães.
 
- Após a morte da primeira esposa, em 1560, teria mandado julgar todos os seus conselheiros por bruxaria. 

- Na invasão de Novgorod, em 1570, pode ter matado até 15 mil pessoas para punir dois administradores corruptos. 

- Há relatos de que ele mandou cegar dois de seus arquitetos para que não pudessem projetar nada tão lindo quanto o palácio que fizeram.

- Levou ao fim da própria linhagem ao mandar espancar a nora, grávida, por achar suas roupas inapropriadas, causando o aborto. Ao confrontá-lo, seu filho acabou morto a bengaladas.
Gente...!

Ivan fez uma confissão pública de seus atos cruéis para o seu povo por meio de um pedido de desculpas. Só mais tarde ficou claro que ele já estava perigosamente insano.

Porém, seu governo foi bom em muitos aspectos; ele criou leis destinadas à igualdade de classes, por exemplo. No entanto, seus demais atos pareceram ultrapassar esses rompantes de bondade. 


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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Eu bebo para esquecer: Li Po e Edgar Allan Poe

Normalmente, as personalidades famosas, escritores, artistas estão em companhia da famosa ‘birita’.

O poeta chinês Li Po (desenho abaixo) é considerado um dos maiores da história literária chinesa. Ele era muito conhecido por ser um bebedor inveterado e sabe-se que escreveu muitos de seus grandes poemas enquanto estava... bêbado! Olha, que belezura?! 


E “alcoolizado” também estava, à noite em que caiu de seu barco se afogou no rio Yangt-ze, tentando abraçar o reflexo da lua na água. Ele já estava mesmo chamando "urubu de 'Meu Louro'"!

Já o escritor Edgar Allan Poe (foto abaixo), famoso por suas histórias de terror, de acordo com alguns autores, sofria de transtorno bipolar. 
Ele bebia muito também e certa vez escreveu uma carta descrevendo seus pensamentos suicidas sob efeito de bebidas. 

As obras literárias do escritor norte-americano encantaram (e também apavoraram) gerações, mas poucos sabem que, para escrevê-las, este gênio tinha um costume bastante singular: anotava os textos em uma tira contínua de papel, juntando os pedaços com um lacre.
Se servia para ele... Quem somos nós para julgar!

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Kits de higienização dos Antigos

Como era a higienização dos povos antigos? Será que era muuuuuuito diferente de nós, hoje? 
Vamos conhecer algumas:

O banho: No mundo greco-romano, o banho era uma ação realizada de forma coletiva. Várias termas eram construídas para que gregos e romanos pudessem cuidar de seu corpo. 
Para retirar a sujeira acumulada na pele, esses povos utilizavam uma ferramenta conhecida como "strigil" (ilustração em vaso, abaixo, à direita). 


O "strigil" consistia em uma espátula de ferro (foto acima, à esquerda) com trinta centímetros que era esfregada na pele depois que o corpo era todo besuntado com uma espécie de óleo. 
Em alguns casos, os escravos eram responsáveis pela limpeza de seus senhores. Naquela época água encanada era algo futurista demais. 

Já na Idade Média, o banho não era comunitário, mas fazia parte dos costumes compartilhar a água do banho entre as pessoas da casa. Começava-se primeiros pelo mais velho, até chegar no familiar mais novo. Imaginem só!!!

O nosso querido sabão (ilustração abaixo): os babilônios realizavam uma mistura com gordura animal e cinzas vegetais para passar no corpo e no cabelo. 
Entre os egípcios a receita era um pouco mais elaborada, mas ainda longe da ideal - levava cinzas, bicarbonato de sódio e argila. 
Entre os orientais, a necessidade de se higienizar a pele era intercalada pelo uso de pedra ou cerâmica para se esfoliar a camada mais superficial da pele. Para aliviar a agressão do processo, terminavam seu banho com a aplicação de água de flor de laranjeira, pentes, pastas e perfumes. 
Em algumas culturas do mundo oriental, esse tipo de procedimento ainda pode ser visivelmente reconhecido.
E realmente, não é nada mal.

Os absorventes e tampões: Para falar a verdade, os absorventes como você conhece hoje demoraram muito a surgir. Então, as mulheres tiveram que ser criativas, embora algumas ainda preferissem não se preocupar com o quê acontecia nas áreas abaixo da cintura, todos os meses. 


Na Roma antiga, elas optaram por uma espécie de compressa de algodão, presa à roupa. 
Na Europa medieval, as mulheres usavam uma bandagem de pano, que era mantida com alfinetes presos à saia (como na figura acima). 
Algumas costumavam usar musgos envoltos em panos, que funcionavam como absorventes.

Até o século XX, o problema era resolvido apenas com um tecido reutilizável. Mas a situação mudou durante a Primeira Guerra Mundial, quando as enfermeiras começaram a usar papel médico que absorvente. Esse método foi copiado por todas as mulheres como artefato de necessidade mensal.
Em se tratando dos tampões (foto abaixo), no antigo Egito, foram utilizados aqueles feitos com um bastão de madeira coberto com papiro. 


E os preservativos? 
Há mais de três mil anos, os chineses fabricaram uma primeira versão  de preservativos feita a partir da combinação do papel de seda e a aplicação de óleos lubrificantes.
Entre os gregos, relatos mitológicos e históricos falam do uso de bexigas natatórias de peixes e a bexiga das cabras como forma de método contraceptivo.
Entre a Idade Média e a Idade Moderna, temos a presença de alguns relatórios médicos que recomendavam a utilização de envoltórios penianos produzidos com... linho! Além do tecido, recomendava-se a aplicação de substâncias supostamente medicinais. Chás de erva, absinto, urina, partes sexuais de animais eram alguns dos estranhos ingredientes usados...

Em 1494, a expedição de Colombo voltou da América e trouxe para a Europa um presente inesperado: a sífilis, que já existia, mas acabou se alastrando. Alguns anos depois, quase todos os países europeus sofriam com essa doença. 

Houve muitas tentativas de inventar um sistema de proteção, mas a época oficial em que o preservativo surgiu neste mundo remonta ao século XVII. Aparentemente, o médico da corte de Charles II da Inglaterra  criou para os reis, tampões feitos de intestino do boi com gordura - para logo lançar uma produção em pequena escala do que seria a ’tataravó da camisinha’(foto abaixo). 

A velha escova de dentes (foto abaixo)
Em muitas civilizações os primeiros utensílios para limpar os dentes eram:
- uma barra de madeira semelhante a uma escova áspera em uma extremidade (para escovar, claro) e pontiaguda na outra (para limpar os cantos);
- ou um pano com giz desintegrado; 
- ou ainda, simplesmente, carvão de bétula. 


Na Idade Média, muitos acreditavam que a podridão dos dentes era causados por vermes na boca. Dor de dentes eram tratados de jeitos bem estranhos. Um dos remédios tratados pelo salernitano Flos Medicinae, era, recorrer à sufumigações à base de sementes de alho-poró e meimendro-negro (planta com poderosos efeitos sedativos, mas potencialmente muito tóxica).
O meimendro era um ingrediente que, misturado com ópio, era o remédio infalível contra a dor de dentes.  Em Historia Plantarum, do século XIII , diz-se que, colocada à mistura das sementes dos dois, sobre a brasa, "o paciente aspira a fumaça pela boca e mantém a boca sobre a água; aparecem então os vermes nadando". 
Eca!
Na Europa, escovar os dentes por um longo período de tempo era considerado uma ocupação indecente, mas, após o tratado sobre "vermes dentários" (as cáries) no século XVII, a população ficou um pouco assustada e quis providências. 
Em 1780, começou a produção em série de escovas e, no século XX, foram criados modelos com fibra sintética, em que as bactérias não se proliferam.
Mesmo assim, ainda hoje, a galera é um tanto relutante com o tempo dedicado à saúde bucal. 

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Príncipe Sado: Insano?! Imagina!

Já reportamos (e há mais por vir) várias personalidades com ‘parafusos a menos’... Hoje não será diferente: O quê teria causado a insanidade do príncipe da Coréia – o Príncipe Sado?
O que sabemos sobre ele? 

Bom... O Príncipe Sado nasceu em 1735, e casou-se nove anos depois. O relacionamento era baseado em brincadeiras, claro, afinal eram crianças. Diz-se que o seu pai Yeongjo, o rei da Coréia na época, começou a odiar seu filho quando ele era muito jovem.

Apesar de idolatrar seu pai, ele se mostrava tímido no relacionamento com seu progenitor, o que deixava Yeongjo muitas vezes zangado. Por outro lado, o rei mostrava ser muito rigoroso com todos os erros que Sado cometia e seus acertos, quando aconteciam, pareciam passar despercebidos.

Um ano e meio após o casório, no ano de 1746, Sado ficou gravemente doente, onde diversas vezes perdeu a consciência.
Aos 16 anos, Sado (foto abaixo) foi pai e após o nascimento de seu filho, Sado teve sarampo. Mesmo recuperado, a doença parecia ter desencadeado uma ‘loucura’ profunda. Historiadores especulam que a doença exacerbou seu estado já agitado, demonstrando um comportamento inconstante.

Primeiramente, ele tinha pesadelos e alucinações todas as noites. Estes episódios foram seguidos por ataques violentos.

Passou a espancar seus eunucos para aliviar o estresse, e depois começou a matá-los por qualquer razão — por exemplo, se não trouxessem roupas de seu agrado.

Mesmo com seu desequilíbrio, Yeongjo passou a enviar Sado para realizar tarefas oficiais que o rei não queria fazer. Isso incluía, entre outras coisas, a tortura de prisioneiros imperiais, o que só piorou o estado de saúde mental do jovem.

Sado também estuprava qualquer mulher que lhe negasse e as assassinava sem motivo, chegando até a perseguir a própria irmã. Perturbado? Sim, é o que diz alguns historiadores.

Em 1757, a mãe e a esposa de Yeongjo faleceram no intervalo de um mês. Como Sado era muito próximo de ambas, as mortes só levaram a uma acentuada deterioração de sua saúde mental. Há relatos de que, no mês que ele perdeu a mãe, Sado entrou em um de seus aposentos segurando a cabeça decepada de um eunuco que ele havia matado, forçando as damas de companhia e sua esposa a vê-lo.

Sua esposa, Lady Hyegyeong, relatou que quase perdeu o olho depois que Sado a atingiu na cabeça com um tabuleiro de xadrez. O rei Yeongjo perguntou a Sado o motivo de ele cometer os crimes, ele então respondeu: “Porque estou com dor! Você é meu pai, mas não me ama”. (Se isso vira moda... ¬¬')

Apesar do total de corpos serem desconhecidos, relatos dão conta de que vários cadáveres eram levados do palácio todos os dias. Sado não parecia saber que estava matando pessoas, pois estava semiconsciente na maior parte do tempo.

Em 1762, cansado das ‘doidices’ de seu filho, o rei ordenou que Sado fosse preso num baú de arroz. 
Apesar de sua incrível resistência, Sado não suportou ao oitavo dia sem água e comida e morreu, segundo conta-se, gritando por misericórdia.

Ô, gente, que coisa complicada!...

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Francis Bacon: E não é que estava frio mesmo?!

Francis Bacon foi uma das pessoas mais influentes do século XVI. Político, filósofo, escritor e cientista, inclusive houve rumores que tenha sido ele o verdadeiro autor das peças de Shakespeare (teoria que surgiu há séculos, na chamada Questão da autoria de Shakespeare).

Porém todo esse brilhantismo não o salvou de uma morte um tanto quanto... boba. 

Francis Bacon (foto abaixo) esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática seu método. 


Em uma tarde de inverno em 1626, Bacon estava olhando uma tormenta de neve e pensou que a neve poderia conservar a carne da mesma forma que o sal.

Decidido a provar, comprou uma galinha em uma vila próxima, a matou e foi para fora de casa para ver como a galinha coberta de neve se congelava. 

A idade havia debilitado a saúde do filósofo e ele acabou não resistindo ao rigoroso inverno daquele ano. Ou seja, quem congelou primeiro não foi a galinha, mas ele mesmo!!

A façanha resultou em uma pneumonia que o levaria a morte, em 9 de abril. Francis Bacon encontra-se sepultado em St. Michael Churchyard, Hertforshire, na Inglaterra. 

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