Como era a higienização dos povos antigos? Será que era muuuuuuito diferente de nós, hoje?
Vamos conhecer algumas:
O banho: No mundo greco-romano, o banho era uma ação realizada de forma coletiva. Várias termas eram construídas para que gregos e romanos pudessem cuidar de seu corpo.
Para retirar a sujeira acumulada na pele, esses povos utilizavam uma ferramenta conhecida como "strigil" (ilustração em vaso, abaixo, à direita).
O "strigil" consistia em uma espátula de ferro (foto acima, à esquerda) com trinta centímetros que era esfregada na pele depois que o corpo era todo besuntado com uma espécie de óleo.
Em alguns casos, os escravos eram responsáveis pela limpeza de seus senhores. Naquela época água encanada era algo futurista demais.
Já na Idade Média, o banho não era comunitário, mas fazia parte dos costumes compartilhar a água do banho entre as pessoas da casa. Começava-se primeiros pelo mais velho, até chegar no familiar mais novo. Imaginem só!!!
O nosso querido sabão (ilustração abaixo): os babilônios realizavam uma mistura com gordura animal e cinzas vegetais para passar no corpo e no cabelo.
Entre os egípcios a receita era um pouco mais elaborada, mas ainda longe da ideal - levava cinzas, bicarbonato de sódio e argila.
Entre os orientais, a necessidade de se higienizar a pele era intercalada pelo uso de pedra ou cerâmica para se esfoliar a camada mais superficial da pele. Para aliviar a agressão do processo, terminavam seu banho com a aplicação de água de flor de laranjeira, pentes, pastas e perfumes.
Em algumas culturas do mundo oriental, esse tipo de procedimento ainda pode ser visivelmente reconhecido.
E realmente, não é nada mal.
Os absorventes e tampões: Para falar a verdade, os absorventes como você conhece hoje demoraram muito a surgir. Então, as mulheres tiveram que ser criativas, embora algumas ainda preferissem não se preocupar com o quê acontecia nas áreas abaixo da cintura, todos os meses.
Na Roma antiga, elas optaram por uma espécie de compressa de algodão, presa à roupa.
Na Europa medieval, as mulheres usavam uma bandagem de pano, que era mantida com alfinetes presos à saia (como na figura acima).
Algumas costumavam usar musgos envoltos em panos, que funcionavam como absorventes.
Até o século XX, o problema era resolvido apenas com um tecido reutilizável. Mas a situação mudou durante a Primeira Guerra Mundial, quando as enfermeiras começaram a usar papel médico que absorvente. Esse método foi copiado por todas as mulheres como artefato de necessidade mensal.
Em se tratando dos tampões (foto abaixo), no antigo Egito, foram utilizados aqueles feitos com um bastão de madeira coberto com papiro.
E os preservativos?
Há mais de três mil anos, os chineses fabricaram uma primeira versão de preservativos feita a partir da combinação do papel de seda e a aplicação de óleos lubrificantes.
Entre os gregos, relatos mitológicos e históricos falam do uso de bexigas natatórias de peixes e a bexiga das cabras como forma de método contraceptivo.
Entre a Idade Média e a Idade Moderna, temos a presença de alguns relatórios médicos que recomendavam a utilização de envoltórios penianos produzidos com... linho! Além do tecido, recomendava-se a aplicação de substâncias supostamente medicinais. Chás de erva, absinto, urina, partes sexuais de animais eram alguns dos estranhos ingredientes usados...
Em 1494, a expedição de Colombo voltou da América e trouxe para a Europa um presente inesperado: a sífilis, que já existia, mas acabou se alastrando. Alguns anos depois, quase todos os países europeus sofriam com essa doença.
Houve muitas tentativas de inventar um sistema de proteção, mas a época oficial em que o preservativo surgiu neste mundo remonta ao século XVII. Aparentemente, o médico da corte de Charles II da Inglaterra criou para os reis, tampões feitos de intestino do boi com gordura - para logo lançar uma produção em pequena escala do que seria a ’tataravó da camisinha’(foto abaixo).
A velha escova de dentes (foto abaixo)
Em muitas civilizações os primeiros utensílios para limpar os dentes eram:
- uma barra de madeira semelhante a uma escova áspera em uma extremidade (para escovar, claro) e pontiaguda na outra (para limpar os cantos);
- ou um pano com giz desintegrado;
- ou ainda, simplesmente, carvão de bétula.
Na Idade Média, muitos acreditavam que a podridão dos dentes era causados por vermes na boca. Dor de dentes eram tratados de jeitos bem estranhos. Um dos remédios tratados pelo salernitano Flos Medicinae, era, recorrer à sufumigações à base de sementes de alho-poró e meimendro-negro (planta com poderosos efeitos sedativos, mas potencialmente muito tóxica).
O meimendro era um ingrediente que, misturado com ópio, era o remédio infalível contra a dor de dentes. Em Historia Plantarum, do século XIII , diz-se que, colocada à mistura das sementes dos dois, sobre a brasa, "o paciente aspira a fumaça pela boca e mantém a boca sobre a água; aparecem então os vermes nadando".
Eca!
Na Europa, escovar os dentes por um longo período de tempo era considerado uma ocupação indecente, mas, após o tratado sobre "vermes dentários" (as cáries) no século XVII, a população ficou um pouco assustada e quis providências.
Em 1780, começou a produção em série de escovas e, no século XX, foram criados modelos com fibra sintética, em que as bactérias não se proliferam.
Mesmo assim, ainda hoje, a galera é um tanto relutante com o tempo dedicado à saúde bucal.
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