segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Peruca, peruquinha, perucão!

Ter perucas volumosas e chamativas era algo que fazia parte da etiqueta na Idade Média, e era considerado um artigo básico de beleza. 
As pessoas quase nunca eram vistas publicamente usando só os fios de cabelo que Deus lhes deu e, no caso de calvície, então, aí que não desgrudavam das perucas mesmo. Aliás, ser careca era quase como ser  como um leproso!

Exagero à parte, as perucas eram feitas originalmente de cabelo humano ou crina de cavalo. As versões mais baratas das perucas podiam ser de lã.
Há várias associações ao surgimento da moda das perucas. Uma seria a perda de cabelo ocasionado pela sífilis. 

O rei da França, Luís 14, durante seu governo, adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O monarca - temeroso de que a cabeleira minguada afetasse o seu prestígio - contratou nada menos do que 48 "peruqueiros" para ajudá-lo a camuflar o problema. Esperto!
O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. As madeixas longas passaram a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se símbolo de status e prestígio. 
Acreditem, a calvície era o tipo de coisa que podia acabar com a reputação de qualquer um naquela época, imaginem só!
Aquela premissa "é dos carecas que elas gostam mais" ia ser refutada rapidinho no período medieval, sobretudo no Velho Mundo. 

Além disso, naquela época, não faltavam piolhentos na Europa! Como remover as lêndeas era um processo doloroso e lento, era mais fácil raspar os cabelos e usar perucas no lugar dos cabelos naturais.
E, óbvio, como a limpeza do povo era precária e as perucas, muitas vezes, além de empoeiradas, proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços. Eca!

Para resolver o problema (representação ao lado), quando estavam muito cheias com as pragas, as perucas eram fervidas e, em seguida, tiravam-se as lêndeas mais teimosas.
Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. 

A moda durou até a Revolução Francesa em 1789, isto é, no período seguinte, o da modernidade. A peça passou "a fazer as cabeças" dos aristocratas rolarem na guilhotina. 
Após isso, o item caiu (trocadilho infame!!)  em desuso (ainda bem!!): as perucas passaram a ser item perigoso de ostentar, já que era o símbolo de uma nobreza que se desejava extinguir. 


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Logo teremos mais curiosidades! Até a próxima

2 comentários:

  1. Perucas... nessa época era item nojento!!

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  2. Vander, imagina o cheirinho e os bichinhos pulando para fora das perucas... eca!

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