Caros leitores,
é com prazer que inicia-se a partir de hoje um projeto neste espaço.
Alguma vez alguém já lhe pediu para "ler um livro de História", insinuando que você não sabe nada dessa disciplina tão judiada nas escolas? Ou comentaram, em uma conversa, que "a humanidade anda muito estranha"? Já encontrou com algum desconhecido na rua, que puxou papo com você e te disse: "vivemos tempos ruins, na minha época não tinha nada disso..."?
Imaginem as situações: uma pessoa pergunta para você, quando aconteceu o "Ataque às Torres Gêmeas" e você tenta puxar pela memória, mas não consegue.
A revolução nas comunicações acelerou o tempo, e a gente não mais se fixa nos fatos históricos que vivenciamos, já repararam?
A revolução nas comunicações acelerou o tempo, e a gente não mais se fixa nos fatos históricos que vivenciamos, já repararam?
Passa por você uma pessoa com uma camiseta com a foto de Che Guevara, mas você usaria uma vestimenta destas. Você não se identifica com o personagem histórico, e isso, causa discordâncias, no entanto, saiba, que tanto o discordar (desde que tenha argumentos para tal) e não se indetificar é, absolutamente, normal.
Tenho certeza que passou pelo constrangimento de ter dito alguma frase de alguém importante na história do país e gastado um tempo explicando para as pessoas que ficam com cara de paisagem ao seu redor. Se sente esquisito?
Parece comum tudo isso, não é? E sabem porquê? Porque a História é muito rica para aprendermos em 50 minutos de aula, duas vezes por semana. Claro que temos aí uma grande parcela de culpa de quem empreende a "missão" de ser educador. Sem querer nós, enquanto designados à essa função, estamos à mercê de um "postulado" burocrático do que deve ou não ser ensinado para os jovens. Nós mesmos fazemos recortes de falas, indicando isso e aquilo como conhecimento importante, hierarquizando temas e sujeitos (muitas vezes esses recortes são bem "safados" - pedindo desculpa pelo linguajar). O senso comum está mais nas escolas e universidades do que a gente pode imaginar, e acreditem, ele não nasce (só) do lado dos alunos.
Detalhes de quem são, como viveram, do que se alimentavam, quais eram as suas ideias ou o que faziam pessoas consideradas "heróis históricos" por um ideário é impossível de expressar em sua completude. Existem outros conhecimentos tão importantes quanto a História na formação dos alunos. Certamente, nestas outras áreas, também existem as indevidas faltas.
Jamais haverá o intuito de mostrar à alunos, a totalidade do conhecimento, embora alguns ditem essa razão para, não só seguirem em frente com o ofício, como legitimá-lo contra as rupturas e censuras - seja promulgadas pela sociedade, seja por governos. Ser um professor de História nunca foi tarefa fácil, mas nos tempos atuais, quando os recortes pessoais tomam conta da sala de aula, viramos mímicos versando poemas para uma parcela de meio-surdos.
A totalidade não é possível, mas a compreensão das possibilidades de eventos passados, de situar as mais diferentes camadas de fatos e sujeitos históricos, é necessário: não se trata mais, e nunca foi, de determinar razões fixadas e idealizadas, mas sim, de fazer pensar que todas as situações tem diversas razões de acontecerem. Não é a toa que nas universidades, a área é conhecida como Humanidades - e quando se trata de humano, particularidades não podem ser o mote de qualquer conhecimento, a não ser que existam experimentos em laboratórios (e até os paradigmas destes, mudam de tempos em tempos, então, porque "engessar" as Humanidades dessa forma?!?)
O primeiro passo para se gostar de História, é lendo. E nos deparamos as vezes com assuntos que nem imaginávamos que seria comum. Pensando em publicar situações que, não necessariamente estariam nos livros didáticos sobre a História da Humanidade, bem como assuntos peculiares que envolvem seus personagens, a minha irmã e fiel escudeira Michelle, teve a ideia de montar um blog em que pudesse compartilhar os detalhes engraçados, passagens improváveis, as crenças estranhas e peripécias de sujeitos históricos e também se for o caso, de sociedades inteiras.
E cá está o resultado. Durante as semanas, postaremos fatos históricos, mitos e dados compartilhando as nossas "descobertas" e leituras sobre os mais diversos assuntos, de forma leve e irreverente.
Esperamos que gostem!
Que maravilha, amei!
ResponderExcluirQue bom que gostou!! Nos acompanhe, pois haverá muitas curiosidades vindo por aí!!! 😊
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