Liev Nikoláievich Tolstói, considerado o ‘pai’ da novela (gênero "novel"), nasceu em 9 de setembro de 1828, em uma fazenda a 200 quilômetros de Moscou.
Entre suas obras mais conhecidas, estão os romances ‘Guerra e Paz’ (1869) e ‘Anna Karenina’(1877).
Segue abaixo, 5 curiosidades desse grande escritor:
1) Os Tolstoys eram uma família prestigiada pela nobreza da Rússia. Os pais de Liev (Conde Nikolai Ilyich Tolstoy e Condessa Mariya Tolstaya) morreram quando ele era jovem, o que levou ele e seus 4 irmãos a serem criados por parentes.
2) Em 1844, Tolstoy começou a estudar direito e línguas orientais na Universidade de Kazan. Seus professores descreveram Liev como “incapaz e sem interesse pelo aprendizado”. Tolinhos...
Em 1851, depois de ter abandonado os estudos e ter acumulado muitas dívidas, Tolstói (foto abaixo) se alistou ao exército, na guarnição do Cáucaso.
No período, a partir dessa experiência, escreveu ‘Infância’ (1852) (alcançou grande êxito) e a primeira parte de ‘Memórias’.
3) Como várias personalidades, ele era adepto ao (de acordo com si próprio) “regras de crescimento pessoal”. Inspirado pelas 13 virtudes citadas por Benjamin Franklin, em sua autobiografia, Tolstói tinha uma lista de regras as quais aspirava seguir, entre elas: ir dormir às dez da noite e levantar as cinco, sem cochilar por mais de duas horas durante o dia; comer moderadamente e evitar doces; e limitar visitas a bordéis a duas por mês.
Tolstói era um verdadeiro ‘coach’ da vida... hahaha...
4) Em 23 de setembro de 1862, aos 34 anos, Tolstói casou-se com Sophia Andreevna Behrs, filha de um médico da corte.
Juntos, tiveram 13 filhos (uau, não tinha regra para procriar não, Tolstói?!), sendo que somente 8 deles chegaram à vida adulta. O casal teve uma relação complicada.
Na véspera do casamento, ele a forçou a ler seu diário pessoal, no qual detalhava as inúmeras relações sexuais e negócios ilícitos. Os relatos incluíam o fato de ele ter tido um filho com uma de suas empregadas. Bastava ter contado o segredo, né?
Ainda assim, o casamento foi afortunado em partes e Sophia foi assistente pessoal, tendo rescrito o manuscrito de ‘Guerra e Paz’ oito vezes (!), até torná-lo legível (não nos espanta... ôh, livro grande!).
Ela atuou, também, como sua editora e gerente financeira, e isso tudo enquanto cuidava da casa e dos filhos.
Depois de ler “O mundo como vontade e representação” de Arthur Schopenhauer, o escritor escolheu a pobreza e a negação formal da vontade, isto é, converteu-se à moral ascética: filosofia de vida, visando ao desenvolvimento espiritual, freando os prazeres mundanos e austeridade. (Com mais de 10 filhos e esposa para sustentar... Ai, ai...!)
Por conta de seu estilo de vida, ele rejeitou sua herança, incluindo os direitos autorais de suas obras.
O casamento foi se deteriorando à medida que as crenças de Liev se tornavam cada vez mais radicais. Sophia perdeu as estribeiras com Tolstói quando convidou seus discípulos espirituais para viver na propriedade da família e deixou de cuidar dos filhos e dos negócios.
5) Em 1910, renunciando ao estilo de vida aristocrático e irritado com o casamento, por conta das crises de ciúmes de sua esposa, ele fugiu de casa no meio do inverno.
A vida imita a arte: assim como a personagem principal de Anna Karenina, Tolstói morreu na estação de trem de Astapovo. Calma! Não darei ‘spoiler’ completo de como a personagem morre! Com Liev a causa foi diferente: ele chegou à estação um dia depois e até recebeu cuidados médicos, com injeções de morfina e cânfora, mas não resistiu. Liev Tolstói, aos 82 anos de idade, morria de pneumonia...
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Logo teremos mais curiosidades! Até a próxima
Esse era coelho... Diria um coelho letrado!!!
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHAHAHA... adorei, Vander!
ExcluirO quê? Anna Karenina morre?!
ResponderExcluirTô bege...
Estranho como as pessoas muito inteligentes sempre são cheias de excentricidades, muitas delas perturbadas e dando indícios de que não pertencem mesmo a esse mundo. Ou pelos menos à sua época. Mas algumas beiram a frescura, mesmo...
Eduardo, não posso dar spoiles rsrsrsrs. Você tem razão. Certas personalidades parecem estar 'destoadas' de sua época. E sempre há uma quantidade de excentricidade e talvez, uma insanidade...
ExcluirO quê? Anna Karenina morre?!
ResponderExcluirTô bege...
Estranho como as pessoas muito inteligentes sempre são cheias de excentricidades, muitas delas perturbadas e dando indícios de que não pertencem mesmo a esse mundo. Ou pelos menos à sua época. Mas algumas beiram a frescura, mesmo...