segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Não é a hora de perder a cabeça, Rainha Maria!

Quem disse que vida de realeza sempre é boa? Para algumas, não foi nada flores! Venham conhecer pequenas curiosidades de uma delas, a rainha da Escócia: Maria Stuart.

Com apenas seis dias de vida, após a morte de seu pai, Jaime V, Maria Stuart se tornou rainha da Escócia. 
Antes mesmo de saber o significado de palavras como "amor", "interesse" ou "casamento", a mão de Maria já estava prometida a herdeiros de outros reinos. 
Nem tinha completado cinco anos, exércitos já batalhavam em seu nome e milhares de guerreiros caíam em sua defesa. 
Após um casamento arranjado quando tinha 16 anos, a escocesa tornou-se nobre também na França.

Foi nessa idade que viu alcançar o poder aquela que seria uma espécie de antagonista em sua história: Elizabeth I, sua prima, que chega ao trono inglês por meios "polêmicos" (postagem de junho – ver aqui).

Os católicos achavam que Maria (foto abaixo) era a candidata perfeita para assumir o comando da Inglaterra e, Elizabeth (que era protestante), com receio, manteve a prima sob constante vigilância.

Daí, quase 20 anos após ser mantida praticamente como prisioneira, surgiu rumores de que a escocesa estava tramando derrubar a Rainha. Elizabeth, boba nem nada, condenou a prima à morte por decapitação, no dia 17 de novembro de 1558. 

Aviso: os próximos parágrafos contêm detalhes fortes! A execução ficou marcada como uma das mais horrendas já testemunhadas!

Dentre os métodos de execução mais “populares” no século 16, a decapitação provavelmente era a menos dolorosa. 
Mas não foi o caso da pobre Mary!

As descrições são sempre como: ‘a morte pelo machado é sempre uma carnificina vulgar e um susto medonho'!  Não duvido! Nem um pouco!!

Bom... Para começar, a coitada foi obrigada a se despir diante dos súditos que atenderam para assistir ao “espetáculo” e ficar apenas com suas roupas de baixo. Então, emocionada, uma de suas damas de companhia, usou um lenço para vendar a escocesa e a ajudou a se ajoelhar sobre uma almofada. 
Maria fez uma prece em latim e, em seguida, foi violentamente forçada a se apoiar no bloco onde seu pescoço seria cortado.

O problema é que Maria não teve tempo de posicionar seu queixo direito no cadafalso e, quando o carrasco baixou o machado, ele errou o alvo, acertou a parte de trás de sua cabeça e não conseguiu concluir a decapitação de forma “limpa”. A vítima permaneceu viva, ainda que severamente ferida. Ai, que horror!

O segundo golpe arrancou muito sangue que, para o horror de todos os presentes — que juraram ouvir os lamentos da escocesa — também não foi suficiente para terminar o serviço.

Somente a terceira machadada que o carrasco finalmente conseguiu decapitar Maria — e levantou sua cabeça ensanguentada para que todos pudessem ver. 

Só que o horror não termina aí... Há uma lenda – das bem fortes, inclusive – nas quais várias testemunhas deram conta de que a escocesa ficou irreconhecível após esse desastre de execução e que sua boca continuou se movendo durante vários minutos... Uma bobagem, já que um biógrafo de Maria descreveu: “O carrasco quis pegar a cabeça pelos cabelos para exibi-la, mas agarra apenas a peruca e a cabeça se desprende. Rola como uma bola sangrenta, batendo no chão de tábuas, coberta de sangue, e quando o carrasco a apanha de novo e a levanta – visão espectral –, veem uma mulher velha com cabelo bem curto e branco”.

Para completar o macabro acontecimento, quando foram remover o corpo de Maria, disseram descobrir que seu cãozinho de estimação estava escondido debaixo de suas camisolas e esteve presente durante todo o sofrimento da dona. Para piorar, quando o bichinho saiu de lá, ele se recusou a abandonar a dona e se deitou em uma poça de sangue entre a cabeça e o pescoço dela. Verdade ou outra lenda? De qualquer modo: que dó!

De acordo com os presentes, por um momento, o horror da carnificina paralisou os espectadores! Ninguém respirava... ninguém falava! Deve ter sido assustador...

Maria Stuart tinha 44 anos quando foi decapitada. A prática se tornaria comum contra membros da realeza dois séculos depois, durante a Revolução Francesa, só quem sem carrascos - a Guilhotina faria o serviço sujo em escala quase industrial... 

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Logo teremos mais curiosidades! Até a próxima

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