segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O quê o futuro nos reserva?!

Quem nunca ficou ansioso(a) para saber sobre seu futuro, seu destino? Saber se vai ficar rico, se vai encontrar o grande amor...? Quem não queria possuir uma bola de cristal, para decidir os rumos da vida? Quem nunca deu uma espiadela no horóscopo (mesmo achando tudo uma bobagem) ou procurou um(a) cartomante, quiromante, tarólogas(os), jogador(a) de búzios ou uma cigana para ler as mãos...? Se nunca fez nenhuma dessas opções, que atire a primeira pedra! (Mas cuidado para não machucar ninguém! rsrsrsrs...)

O caminho da vidência é milenar, variando os artifícios ‘simbólicos-materiais’ e civilizações. Assim, vamos trazer os 7 métodos curiosos de prever o futuro de algumas culturas antigas, a seguir:

1) Uma forma popular de vidência no Egito Antigo era a escatomancia, a arte de ver o futuro através das fezes (foto abaixo) onde o movimento de escaravelhos (uma espécie de besouro) era analisado, enquanto eles estavam envoltos em esterco. "Olha, que M...!"


2) Já os antigos romanos amavam os pássaros. As pessoas tinham grande interesse em estudar as espécies e seus padrões de voo, pois acreditavam que assim poderia adivinhar seus futuros – chamado de Augúrio (foto abaixo). 
As galinhas, particularmente, eram utilizadas para prever os resultados das batalhas. Sacerdotes espalhavam grãos na frente, e o entusiasmo com que elas comiam era correspondente ao grau de sucesso que as forças romanas iriam ter naquela batalha. 
Parece bizarro, mas funcionou muito bem. Teve até um caso famoso: Durante a primeira Guerra Púnica contra Cartago, o cônsul romano Publius Claudius Pulcher, estava no comando da marinha romana. Ele consultou as galinhas sobre o que ele pensou que seria um dia perfeito para atacar a frota cartaginesa. Mas as galinhas não se mostraram empolgadas com seu plano de batalha e se recusaram a comer qualquer coisa. Pulcher jogou as galinhas no mar, dizendo: “Se elas não comem, deixem-nas beber!”. Ninguém avisou a ele que galinhas, mal voam que dirá nadam?! 
Assim, ordenou que seus navios fossem para a batalha e sofreu uma derrota esmagadora, Pulcher foi chamado a Roma e julgado — não por perder a batalha, mas por matar as galinhas sagradas (coisa boa!) Ele foi condenado ao exílio e morreu logo depois. Quem mandou não respeitar as penosas?!?


3) Os ossos estão entre as ferramentas mais utilizadas para adivinhação – Osteomancia (foto abaixo) dos povos mais antigos. Os povos mepotâmicos, polinésios, siberianos, europeus e africanos (nação Zulu) tinham (e ainda têm) 'brincadeiras' com ossos que utilizam para a arte da adivinhação. Apesar das variações regionais, a técnica é a mesma: mentalizar as perguntas e ler as respostas conforme a disposição das peças.
Na China, as perguntas eram esculpidas nos ossos e, posteriormente, se colocava eles no fogo até que partissem. O tamanho da fenda era o que dava a resposta para o vidente. 
Os primeiros habitantes da Escócia usaram uma versão do osteomancia chamado "slinneanachd", em que o osso do ombro de um animal cozido era consultado. Mas para esse método dar certo, o osso nunca deveria ser tocado, por isso, quando iam comer, eles deveriam pegar a carne que ficava longe do osso. 
Na Era Medieval, os europeus utilizavam os ossos para fazer dados. Eles eram lixados e aperfeiçoados, e depois pintados com os pontos e traços até ficarem parecidos com os dados que temos atualmente.  A vidência funcionava da seguinte forma: jogavam-se os dados para o alto e, conforme a combinação dos símbolos sorteadas pelo dado, olhava-se numa placa o que ela significava e o que dizia sobre o futuro.
Era o "Cassino do Futuro": Joguem seus ossos e façam as suas apostas, rsrsrsrs...!


4) Outra forma de adivinhação muito antiga era por meio do pão de cevada – Alfitomancia (foto abaixo). Quando nossos antepassados queriam conhecer o culpado, entre vários acusados, faziam cada um comer um tosco pedaço de pão de cevada. Quem o digerisse facilmente era inocente, mas o culpado era descoberto porque não conseguiria engolir. Este procedimento empregava-se também nos chamados juízos de Deus, de onde vem este ditado popular- “Que eu me engasgue com este pedaço de pão se estou mentindo!”.
Não podia comer acompanhado de um copinho de leite, não?! 


5) A quinta adivinhação é a Gastromancia (foto abaixo, ilustrativa), feita por meio do estômago. Sim, acredite! Isso existe! 
Na Idade Média, alguns feiticeiros conheceram a arte de evocar os demônios (!) e fazê-los penetrar em seu estômago, de onde respondiam às perguntas formuladas, sem que o possuído movesse os lábios. Basicamente a adivinhação era feita com base nos sons emitidos pela barriga. (Para mim esses sons têm significados bem simples: é sinal de fome!)
Mais tarde, estudiosos chegaram a acreditar que os videntes que utilizavam esse método foram os precursores dos bonecos de ventríloquos. (risos) 


6) Uma maneira antiga e afortunadamente desaparecida, que consiste em predizer o futuro com base em sacrifícios humanos era a Antropomancia (foto abaixo, ilustrativa).  O rito - utilizados para acalmar os deuses e espíritos malignos - também consistia em livrar-se de algum indivíduo inconveniente. 
O coração do sacrificado devia ser criteriosamente interpretado para decifrar o futuro. Durante o sacrifício tudo era analisado, desde os gritos, enquanto a vítima estava ainda viva, até as condições de suas entranhas e, principalmente, o coração. 
Fico imaginando como era ensinada aos sucessores da prática: “Você não interpretou corretamente o grito, por isso foi reprovado! Pode tentar na próxima vez...” 


7) Os ratos, aparentemente, sempre tiveram alguma ligação com o futuro das pessoas sendo chamado de a Miomancia (foto abaixo). Os povos rotulados brâmanes (classe hinduísta) já adivinhavam o futuro observando os buracos que estes roedores forjavam nas vestimentas de seus consultores. Até hoje, eles são seres "sagrados" na Índia. 
Na Idade Média, as ratazanas e os ratos serviam como fornecedores de inúmeros indícios: era sinal de boa sorte encontrar dois roedores em uma só armadilha, e outorgavam a morte do proprietário quando se lançavam ratazanas ou ratos para o exterior de sua propriedade.
Não falariam que era sinal de sorte na época da Peste Negra (a causa era as pulgas de roedores), embora nem soubessem que era por conta do acúmulo de lixo que atraía esses bichinhos e espalharam a praga...


Fica a dica: as grandes resoluções precisam partir do indivíduo... Mas se quiserem seguir alguma das inúmeras formas de vidência, fiquem à vontade! Mal não faz! Hehehehe...

Gostaram da postagem de hoje?
Comentem com sugestões, criticas e apoio! 
Logo teremos mais curiosidades! Até a próxima

4 comentários:

  1. Essas coisas não existem, são tudo enganações, truques. Acabei de saber através de uma série que adoro, The Mentalist. Se bem que eu já li muito horóscopo e justifico (jogo a culpa por) umas particularidades minhas por eu ser geminiano...rsrs

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    1. Concordo, Eduardo! Destino/futuro quem faz somos nós mesmos! Se bem que dei altas risadas ao pesquisar para escrever esse tema. Para nós, hoje, é bobo, mas para uma época e cultura não. E conheço muita gente que adora 'esse misticismo' rsrsrsrs

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