sexta-feira, 31 de julho de 2020

Vikings 'chapadões'?!?

Um estudo realizado pelo etnobotânico Karsten Fatur, da Universidade de Ljubljana da Eslovênia, e publicado em 15 de novembro de 2019 no Journal of Ethnopharmacology, trás informações novas sobre os guerreiros do norte da Europa, vindos da região da Escandinávia, sobretudo. Estão sentados? Pois acompanhem! Esse estudo supõe que os tradicionais transes dos guerreiros vikings berserkers (foto ao acima) eram autoinduzidos pelo uso de uma espécie de cogumelo venenoso com propriedades alucinógenas e afirma também que este estado era causado pelo uso de uma planta chamada henbane (Hyoscyamus niger).

Vikings berserkers eram os guerreiros nórdicos ferozes, originados da Germânia, que juraram fidelidade ao deus Odin e que despertavam uma fúria incontrolável antes de qualquer batalha. A explicação para esse estado de frenesi então foi dado pelo uso do 'cogumelito' alucinógeno. Quem diria, hein?

Estudos anteriores sugerem que o cogumelo Amanita muscaria - esse simpático ser da foto ao lado - foi usado pelos nórdicos para se tornarem ainda raivosos e perigosos em batalha. Berrando ensandecidos, causariam mais medo no oponente. 

Sabe-se ainda que na Sibéria esse cogumelo era seco e consumido durante rituais religiosos para alcançar um estado psicoativo. 
No entanto, etnobotânico do estudo supracitado acredita que o henbane (foto abaixo), também conhecido como meimendro, seria um candidato mais provável que fosse usado pelos vikings.

Esta planta, que se originou no Mediterrâneo, mas se espalhou para o norte da Escandinávia, era bem conhecida na Idade Média por ter efeitos entorpecentes, sendo adicionada até às cervejas medievais, tanto que as autoridades proibiram essa prática em 1507. Poderia ser uma razão por estarem tão destemidos em batalha. 

Fatur observou achados arqueológicos da Escandinávia que mostram o henbane sendo usado durante a Era Viking. Isso inclui o túmulo de uma mulher da Dinamarca (de por volta do ano 980) que inclui uma bolsa de sementes de meimendro com roupas, joias e outros bens que sugerem que ela era uma espécie de sacerdotisa ou xamã. 

O artigo oferece uma análise do por que o henbane teria sido mais provável que os cogumelos (Amanita muscaria): “Como discutido anteriormente, ambas as substâncias podem causar aumentos de força, nível alterado de consciência, comportamento selvagem/delirante, espasmos e vermelhidão da face, os quais foram associados aos vikings. O que faz do Hyoscyamus niger uma causa teórica mais convincente do estado de berserker, no entanto, são os sintomas adicionais que não são comumente vistos em intoxicações envolvendo Amanita muscaria. Além dos sintomas anteriores, os alcalóides do H. niger também têm efeitos de eliminar a dor, o que pode ser responsável por alguns dos relatos da suposta invulnerabilidade dos berserkers nórdicos”. 

O pesquisador também observa alguns outros efeitos que podem ter sido causados pelo consumo de henbane, o que foi detalhado em estudos sobre casos modernos do uso da planta. Isso inclui a incapacidade de reconhecer rostos (foi dito que os berserkers não eram capazes de distinguir amigos e inimigos na batalha), a remoção de roupas e a perda de pressão arterial, o que pode explicar por que os berserkers não perdiam muito sangue quando atingidos por lâminas. 

Existem alguns aspectos do comportamento do berserker que não podem ser explicados usando o henbane, a saber, por exemplo: o bater dos dentes e a mordida nos escudos. 
Fatur espera que pesquisas futuras tragam mais insights sobre estes tópicos, mas já dá para imaginar que eles estariam era doidões mesmo!

(Fonte: Megacurioso)


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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Nero: pega fogo cabaré!

O conhecidíssimo Imperador Nero – último imperador romano, da dinastia júlio-romano – possuiu a fama de ter tido uma postura polêmica e desequilibrada em muitos níveis durante seu governo.
Seu reinado (de 54 a 68 d. C.) é associado à tirania e por uma série de execuções. Porém, não diferente das histórias de outros imperadores romanos, é um tanto difícil de separar realidade da ficção.

O nome verdadeiro do imperador era Lúcio Domício Ahenobardo, que mais tarde passou a se chamar Nerone Cláudio César Augusto Germânico, ou simplesmente, Nero.
Apesar de ser representado, muitas vezes, como um sujeito moreno,  consta que Nero (foto abaixo) era loiro, de olhos azuis e possuía sardas.

Nero foi "proclamado adulto" com apenas 14 anos. Começou suas atividades políticas como procônsul ao lado de seu padrasto, Cláudio, aparecendo até nas moedas do império como o sucessor do cargo.
No ano 54, Cláudio faleceu vítima de envenenamento causado pela mãe de Nero, Agripina Menor. Claro que ela queria seu filho no posto mais alto do gigantesco império romano e teria arquitetado o assassinato, algo bem comum entre as mulheres que se envolviam com política.
Assim sendo, Nero ser tornou imperador aos 16 anos e já casado com sua meia-irmã Cláudia Octávia.

Enquanto seu poder crescia, o descontentamento com sua esposa também aumentou. Por isso, começou a traí-la com uma escrava recém liberta, também chamada Cláudia Acte.
Sua mãe, entretanto, descobriu a infidelidade e cobrou do filho o compromisso com a meia-irmã.
A essa altura, Nero sentia que a mãe mexia demais com sua cabeça, e influenciava no governo na mesma medida que seus mentores, Sêneca e Burro (será que é da família do... Deixa pra lá!). Depois de ter matado seu irmão adotivo, Britânico, que provavelmente tomaria o trono de Nero por ser o herdeiro legítimo e estar chegando à idade adulta, o imperador expulsou sua mãe da residência oficial.
No entanto, Nero se separou de Cláudia, e a acusou de infertilidade. Não satisfeito, exigiu que ela fosse exilada do império e, depois, executada.

Oficialmente liberto do matrimônio, começou a se relacionar com Pompeia Sabina, esposa do amigo e futuro imperador Marco Sálvio. 
Sua mãe, entretanto, ainda parecia ser um empecilho em sua vida e então, ele decidiu que não conseguiria se casar com Sabina enquanto Agripina estivesse viva. O famoso: “só casa com Pompeia por cima do meu cadáver!” Dito e feito! O imperador decidiu que deveria assassinar sua mãe, ordenando sua morte em 59 d.C.. 

Nero só casou com Pompeia em 62 e a relação entre os dois também não durou muito. 
Conhecido pelo seu histórico de violência (que isso?! Imagina!), Nero teria espancado a esposa até a morte, em um surto de raiva e ira. 
Para sua maior surpresa, quando ele ficou sabendo que Pompeia estava grávida (do segundo filho) no momento de sua morte, o fato teria perturbado o homem para sempre. Nero teria entrado em um profundo luto e historiadores modernos acreditam que, na verdade, Pompeia pode ter morrido de abordo ou complicações no parto e não fora vítima de um ataque raivoso do marido.
Surpreendentemente, após esse (suposto) sangrento episódio, Nero foi poucas vezes visto se relacionando com outras mulheres.
Mesmo assim, praticamente um ano depois, Nero se casou com Estacília Messalina, que já era casada. Isso não era problema e não fazia a menor diferença, já que seu marido teria sido obrigado a se matar para que o Imperador pudesse tomar a sua esposa. Esses assuntos parecem intriga da oposição, não é?
Ela foi uma das poucas cortesãs de Nero que sobreviveram à queda de seu reinado.

Mas a relação que marcou sua sexualidade e vida íntima depois da morte de Pompeia foi a com um rapaz chamado Esporo. O escravo liberto seria, supostamente, parecido com sua falecida mulher, então, o líder romano ordenou que o moço fosse castrado para que pudesse  se casar com o imperador. Mas ele já não tinha se casado? É, os relatos são assim mesmo, conflituosos entre si. 
Depois de terem se unido em matrimônio, ele passou a ser chamado de Pompeia, e somente dessa forma. ("Me Chame Pelo Seu Nome" da Antiguidade?)
O casamento deles aconteceu em uma cerimônia tradicional, em que Esporo/Pompeia usou um véu, e na vida pública beijava o imperador sem o menor problema, em público.
O governante, de acordo com o escritor romano Suetônio, se dedicava a manter uma aparência física atraente para seus amantes. Eita, fofoca!
Há outros relatos de que o imperador tenha se casado com outro homem, chamado Pitágora... Mas, vai saber se é verdade?!...

Deixando a vida amorosa de lado, um pouco, vamos às outras excentricidades e barbaridades do imperador.

Nero gostava, principalmente, da esbórnia, por isso promovia os chamados Banquetes de Tigelino. Nada mais era do que uma simulação, em que o imperador se vestia com peles de animais e era liberto de uma jaula, onde depois, avançava para "agarrar vítimas" (homens e mulheres) que estavam presos em estacas. Esquisito? Também achamos...

Apesar de inúmeras (olha que são muitas!) execuções de inimigos e familiares, Nero foi ‘vitima de difamações’ que ele ‘carrega’ até hoje.  
Ele teria fama de perseguir e matar mais de 100.000 cristãos, pelo simples prazer da diversão! Inclusive, diz-se que costumava envia-los ao Coliseu para serem devorados por leões e/ou untá-los com óleo para servirem de archote iluminando os jardins de seu suntuoso palácio... Sim, como velas humanas!!! 
Em grande parte a ‘fofoca’ foi atribuída ao historiador Tácito (e outros, em partes), que tinha laços com a elite do Senado (senadores deturpavam a imagem dos imperadores para a posteridade para justificarem a legitimidade de outros governantes que apoiavam). Na época da morte do imperador, Tácito tinha apenas 12 anos, então como é que ele sabia dessas coisas, se não por um boca a boca exagerado? 
Outro dado que indica que era tudo "aumentado" para difamar o imperador é que o  famoso Coliseu foi construído depois de sua morte! 
Como diz o ditado - “quem conta um conto aumenta um ponto!” - mas, em cada conto sempre há uma PONTA de verdade...

Aprendemos na escola (ou não) um dado atribuído à Nero e que não passa de um mito: não foi ele quem colocou fogo em Roma! Passamos tanto tempo acreditando nessa informação, que Nero era piromaníaco, que ele teria colocado fogo na cidade para, em seguida, reconstruí-la de forma que fosse mais conveniente ao imperador... Então foi uma 'fake news' da Antiguidade?!?
Sim, pois segundo alguns estudos mais recentes, ele estava fora da cidade quando o grande incêndio começou. Além do mais, ele foi um dos mais afetados pelo fogo: perdeu propriedades e teve um grande prejuízo financeiro.

Seus dias finais, fugindo de seus opositores, não tiveram muito espaço e intervalo para as aventuras sexuais que o imperador tanto teria esbanjado ao longo de sua vida. Morreu aos 30 anos, esfaqueado por um de seus servos depois do mesmo ter solicitado que não morresse na mão de seus inimigos.

Problemas "mentais" pareciam muito comuns entre os imperadores romanos (conferimos essas especulações nas postagens anteriores do Calígula e Heliogábalo). Pesquisas recentes apontam uma provável causa: chumbo! Esse elemento tóxico afetaria a saúde de muitos, pois eles bebiam água em utensílios e jarras de chumbo, levadas até as vilas por tubulações do mesmo material. A quantidade do metal presente na água encanada romana continha 100 vezes a mais da substância do que em águas de nascentes!
É...

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Coincidências entre Kennedy e Lincoln

Aproveitando a postagem da semana passada sobre Abraham Lincoln (ver aqui), trouxemos fatos envolvendo os presidentes John F. Kennedy e Abraham Lincoln (foto abaixo), que nosso amigo Vander Romanini nos presenteou.


Uma sucessão de semelhanças entre as trajetórias de ambos chama a atenção, vejam:

➤ Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846. 
E John F. Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.

➤ Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860. 
E John F. Kennedy foi eleito presidente em 1960.

➤ Os nomes Lincoln e Kennedy têm sete letras.
➤ Ambos estavam comprometidos na defesa dos direitos civis.

➤ As esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca.

➤ Ambos os presidentes foram baleados numa sexta-feira.
➤ A secretária de Lincoln chamava-se Kennedy.
Já a secretária de Kennedy chamava-se Lincoln. 

➤ Ambos os presidentes foram assassinados por sulistas. 
E também ambos os presidentes foram sucedidos por sulistas. 

➤ Os sucessores dos dois chamavam-se Johnson:
Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808. 
E Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.
➤ Andrew e Lyndon tem seis letras. 

➤ John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1838. 
O Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1938. 

➤ Os dois assassinos eram (e são) conhecidos pelos seus três nomes. 
➤ Os nomes dos assassinos têm quinze letras.

➤ Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado num depósito. 
Já Oswald saiu correndo de um depósito e foi apanhado num teatro. 

➤ Booth e Oswald foram assassinados antes do julgamento. 

➤ Uma semana antes de Lincoln ser morto ele estava em Monroe, Maryland. 
E uma semana antes de Kennedy ser morto, ele estava com Monroe, Marilyn. 

➤ Lincoln foi morto na sala Ford, do teatro Kennedy. 
E Kennedy foi morto num carro Ford, modelo Lincoln. 

➤ Ambos jogavam golfe tendo, inclusive, o mesmo "handicap"...



O 'Partículas da Curiosidade' agradece ao Vander pelo texto e pelo  apoio (sempre) ao blog!!

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sexta-feira, 24 de julho de 2020

O grande Abraham Lincoln!

Abraham Lincoln é conhecido por seus grandes feitos, a maior parte deles como o 16° presidente dos Estados Unidos. Tornou-se um dos maiores governantes da América por suas atitudes antiescravagistas e sua perseverança na luta contra a Guerra Civil, iniciada a partir da sua tomada de posse, em 1860. 
Lincoln é considerado pelo povo e por estudiosos como um dos 3 maiores presidentes dos Estados Unidos. 

Vamos às 10 curiosidades de Abraham Lincoln:

1) Ele nasceu em 12 de fevereiro de 1809, em um quarto de uma cabana na Fazenda Sinking Spring, no Condado de Hardin, Kentucky. 
Ele era o segundo filho de Thomas Lincoln e Nancy Lincoln. 
Sua mãe morreu bebendo o leite de uma vaca que, por sua vez, havia comido uma erva venenosa. Na ocasião, Abraham tinha apenas 9 aninhos!

2) Considerado "preguiçoso" em sua juventude, não pescava nem matava animais. Dizia não se sentir bem fazendo isso. Talvez só tivesse bom senso, né gente?!

3) Estudou apenas 18 meses em uma escola e, autodidata, formou-se em Direito. 
Apesar de criar a tradição de jurar a posse sobre a Bíblia, Abraham Lincoln tinha fama de cético, e ninguém nunca soube qual era, de fato, sua religião.

4) A maioria das descrições do físico de Lincoln sempre focam em sua altura - ele tinha 1,93m (!) – e na magreza. Porém, há relatos, mesmo que poucos, que o descrevem como um homem musculoso e portador de uma grande força. De qualquer modo, quando ele é retratado em filmes ou peças de teatro, sempre escolhem pessoas esguias.

5) Esse físico atlético se deve pelo fato de Lincoln ser um exímio boxeador. Comenta-se sobre os 300 combates de luta livre que lutou, teria perdido  apenas um. 

6) Além do mais, mencionam, também, que a voz de Lincoln era alta e penetrante. Algo que intimidava a população, assim como sua imagem. 
Em uma ocasião, acusaram-no de ser 'duas caras'. Lincoln se sobressaiu, mas não sem  humor: “Se eu tivesse dois rostos, estaria usando este?” É, faz sentido, Abe...!

Sobre sua aparência, durante sua campanha eleitoral (1860), Abraham recebeu uma carta de uma garotinha de 11 anos, Grace Bedell, sugerindo que ele deixasse seus bigodes crescerem, pois todas as mulheres gostavam de bigodes. No dia da posse presidencial, ele estava ‘barbado’, como o conhecemos das iconografias da época (foto abaixo). Após assumir o cargo, Lincoln pediu para conhecer a menininha para agradecer pelo conselho. Deve ter surtido efeito desejado, com as moças? Huuuum...

7) No período em estava na faculdade de Direito, Lincoln se apaixonou por Ann Rutledge – que estava noiva de outro homem, John MacNamar. 
John estava passando uma temporada em Londres e Ann preferia esperar a sua volta para romper o noivado pessoalmente. Infelizmente, ao longo da espera, Ann pegou febre tifoide e ficou gravemente debilitada. Lincoln a visitava todos os dias, porém, Ann morreu em pouco tempo e segundo relatos, durante 1 ano, ele entrou em profunda depressão por conta disso. Pobre Abe!

8) Um tempo depois, enquanto estava noivo de Mary Todd, ele se apaixonou por Matilda Edwards, o que colocou dúvidas sobre o casamento... E Mary, por sua vez, era conhecida por ‘flertar’ com outros homens, algo já de conhecimento de Lincoln. Inclusive, também, ela assumiu que por 2 anos antes da cerimônia, teve o desejo de romper a possível união.
No entanto, eles se casaram em 1842. As circunstâncias pela qual isso ocorreu divide opiniões. Um encontro em particular de Lincoln e Mary fez com que mudassem de ideia sobre o cancelamento do matrimônio. Em uma carta para um amigo, Abraham escreve que teria que se casar e a cerimônia seria dali alguns dias. Historiadores acreditam que Mary estivesse grávida, o que teria "acelerado" a decisão. 'Tá certo!

9) Apesar do sucesso, Abraham era descrito como um indivíduo com tendências melancólicas. Teria crises de depressão (como vimos no caso da morte de Ann) e ficava em estado debilitado com frequência.
Alguns biógrafos afirmam que ele teria até tentado cometer suicídio.
Em 1840, foi um dos anos mais difíceis da vida dele, na qual ele enfrentou uma severa crise, incapaz de trabalhar ou realizar qualquer outra atividade. Amigos contaram que ele passava horas falando o quanto era miserável e as pessoas próximas a ele passaram a esconder todas as facas de cozinha e navalhas de barbear, com receios de que poderia se matar a qualquer momento.
Que trágico!

10) John Wilkes Booth, um notório ator (e pior de tudo, era que Lincoln era fã proclamado deste ator!) e espião confederado, planejava sequestrar Lincoln com o intuito de fazer uma troca pela libertação de prisioneiros confederados. Após o discurso de 11 de abril de 1865, no qual Abraham promovia o direito de voto aos negros, Jonh, enfurecido, decidiu matar o presidente.
Assim, em 14 de abril desse mesmo ano, John assassinou Abraham enquanto ele e sua esposa assistiam a uma peça de teatro. 
Foi o primeiro caso de assassinato de um presidente nos Estados Unidos.

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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Jean-Paul Sartre e os crustáceos!

Ninguém imagina que por trás de seu grande potencial intelectual, Jean-Paul Sartre (foto abaixo), filósofo, escritor e crítico francês, escondia uma pequena franqueza! Qual seria? Pasmem: Crustáceos! 

Quando era criança, o filósofo tinha medo de uma pintura que mostrava uma pata de um destes bichinhos, saindo do oceano e tentando pegar uma pessoa. 
Desde então, Sartre desenvolveu uma aversão a crustáceos e outros seres do mar. 
Seu medo era tão grande que ele chegou a ter um ataque de pânico, certa vez, depois de entrar na água na companhia de Simone de Beauvoir (para quem esta perguntando quem é: ela foi uma escritora francesa, filósofa e que contribuiu muito para a história do feminismo. Teve um relacionamento amoroso ‘aberto’, longo - 51 anos! - e polêmico com Sartre).
Na ocasião, ele teria imaginado que um polvo gigante surgiria das profundezas e o arrastaria até a morte. 
Soltem o kraken!!! 

Em outra ocasião, comenta-se que, após consumir um alucinógeno (ma ôe!), Sartre teve visões de lagostas que o perseguiam para qualquer lugar que ele fosse. 

Sartre faleceu em 15 de abril de 1980, de edema, em Paris e está enterrado no Cemitério de Montparnasse, em Paris, junto com o corpo de Simone.
Seu funeral foi acompanhado por mais de 50000 pessoas... E para seu descanso pleno, não foi computado nenhum crustáceo, rsrsrsrs...!

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segunda-feira, 20 de julho de 2020

A pipa do Benjamin Franklin não sobre mais!

Benjamin Franklin foi um diplomata, escritor, jornalista, filósofo e cientista norte-americano.

Em um espaço de poucos anos, fez descobertas sobre a eletricidade que lhe deram reputação internacional. Ao identificar as cargas positivas e negativas, demonstrou que os trovões são fenômenos de natureza elétrica. Eis que surge seu 1° invento: o para-raios!

Foi em 1º de outubro de 1752, empinando uma pipa em meio a uma tempestade de raios, que ele resolveu fazer seu experimento. Simples!
A pipa era comum, feita de seda presa em uma linha que possuía uma chave de metal amarrada em sua extremidade final.

Mas o quê poucos sabem é que o inventor, literalmente, era conhecido também pela quantidade de tempo que passava debaixo dos lençóis, praticando aquela que era, sem dúvida, uma de suas atividades favoritas. De acordo com a autobiografia de Franklin, ele era obcecado por sexo (!!!!) e teve início ainda quando era adolescente, tendo frequentado várias casas de prostituição. 
Que safadinho!!

Conta-se que Benjamin (foto abaixo) perdeu alguns amigos porque "dava em cima" das respectivas namoradas deles. Certa vez, quando tinha 18 anos, fez um tour com o amigo James Ralph, durante uma viagem a Londres. Durante o passeio, os dois brigaram quando Franklin, na cara-de-pau, flertou com a namorada de Ralph. Que fogo é esse, Frank?

Em Londres, ainda, ele teria seduzido uma mãe e a filha de 18 anos! Sem falar que contam que ele frequentou o ‘Hellfire Club’, um clube - literalmente um inferninho - para homens se divertirem à base de bebidas e prostituição, muito embora não fosse membro oficial.

Logo depois de retornar aos EUA, o cientista acabou se casando com uma mulher que era conhecida por sua falta de beleza. Dizem que Franklin, uma vez, a definiu como tão atraente quanto uma caneca de cerveja (como se ele fosse o mais atraente dos homens...)! Os biógrafos de Franklin acreditam que ele se casou somente para poder fazer sexo sempre que quisesse... O que era, no caso, o tempo todo! Que isso, jovem?! Precisava tratar isso!

Frank diminuiu os hábitos luxuriosos com o tempo? Claro que... Não! Pode-se dizer que o apetite sexual de Franklin aumentou ainda mais depois que ele completou 50 anos de idade.

Quando foi morar em Paris em 1776, Franklin continuou a realizar seus desejos carnais – e olha que ele já estava na casa dos 70 anos e bastante debilitado, graças a sérios problemas de saúde.

Segundo John Adams, que esteve ao lado de Franklin em Paris, “era impossível marcar qualquer compromisso com ele, que estava sempre envolvido em festas com muitas mulheres”. 

Benjamin Franklin morreu em 17 de abril de 1790, devido à inflamação da pleura (pleurisia). Seu túmulo se encontra na Christ Church Burial Ground , na Filadélfia, Estados Unidos. Nesta data, enfim, ele parou de fazer "testes com a sua pipa"... rsrsrsrs...

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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Calígula: O imperador injustiçado?

Calígula, Imperador Romano  no período de 37 a 41 d.C.. Foi o terceiro imperador e membro da dinastia júlio-claudiana, conhecido pela sua natureza extravagante, cruel e pervertida. 

Seria mais uma das ‘vítima de difamações’, com as pessoas aumentando os relatos de suas excentricidades com o passar dos anos ou ele era realmente homem insano? É difícil separar a realidade da ficção forjada levando em conta a impopularidade do imperador entre as fontes contemporâneas.
Vejamos alguns pontos:

➤ Seu nome, na verdade, era Caio Júlio César Augusto Germânico, também conhecido como Caio César. Mas Calígula ficou conhecido pelo apelido — que significa “Botinhas” ou “botas pequenas” — que recebeu dos legionários a serviço de seu pai, que achavam graça de vê-lo ,quando ainda pequenino, vestido de militar e usando “cáligas” (foto abaixo), como eram chamadas as sandálias usadas pelos soldados. 
Ah! que fofo!!

➤ Dizem que Calígula era meio "esquisitão". Ele era alto, branquelo e, apesar de estar ficando calvo, tinha o corpo bastante peludo, o que o tornava alvo de muitas brincadeiras. Tanto que ele começou a punir com a morte qualquer um que falasse sobre cabras em sua presença... Oxi!

➤ Existe ainda a teoria de que Calígula possivelmente sofria de vários problemas de saúde, entre eles o hipertireoidismo, a epilepsia e a Doença de Wilson, uma doença hereditária que pode provocar instabilidade mental. Isso pode explicar muita coisa...

➤ Antes de se tornar imperador, Calígula acabou indo em um astrólogo chamado Thrasyllus que fez previsões nada agradáveis sobre ele. De acordo com o homem, o jovem não tinha chance de se tornar imperador da mesma forma que não podia cavalgar sobre o Golfo de Baiae. Revoltado com suas palavras, ele acabou alinhando diversos barcos  extensão para que pudesse passar sobre ele. Ele ficou andando sobre ele durante 2 dias só para provar que o homem estava errado. 
Persisteeeeeeeeente!

➤ Quando Imperador, as loucuras não diminuíram. Muito pelo contrário, só piorou. Na verdade, existem listas e mais listas de barbaridades atribuídas a Calígula: Ele teria começado a praticar o incesto com suas irmãs ainda na adolescência, inclusive publicamente. A sua favorita era Drusilla (espero que não seja pelo nome...). A moça acabou ficando grávida e Calígula, com medo do nascimento de um pequeno semideus, teria eviscerado a coitada para remover seu útero e o bebê. #cruzes Depois da morte da irmã, o Imperador a transformou em divindade. 

➤ Calígula se tornou incrivelmente paranoico e começou a exilar pessoas próximas a ele ou ordenar a morte delas. Ele inclusive ordenou a execução de seu primo e filho adotivo — sim, as coisas eram um pouco diferentes na Roma Antiga —, Tibério Gemelo, e começou a declarar para todo mundo que ele era um deus.
Cabeçudo!

➤ Cacá, para os íntimos, começou a aparecer em público vestido como várias divindades da época: Hércules, Mercúrio, Júpiter, Apolo e até se vestiu de Vênus, a deusa do amor.  Depois, mandou substituir as cabeças de deuses de vários templos por bustos seus.
O cara estava mesmo, embebido de poder!

➤ Dizem ainda que Calígula (foto abaixo) mandou construir uma ponte entre seu palácio e o templo de Júpiter — para que ele pudesse visitar a divindade com mais facilidade. Ainda conta-se que o Imperador costumava conversar com a Lua. (Não podia ser São Jorge o Dragão? ... Ah, é... Isso é outra história...)

➤ Sua obsessão por ouro e joias era tanta que suas vestimentas e decorações em suas paredes eram ‘recheadas’ delas. De acordo com relatos, ele costumava jogar inúmeras joias pelo chão só para que tivesse a chance de andar descalço sobre cada uma delas e se debruçar com toda a sua riqueza.


➤ Em tese, não sabemos da história, a metade! Segundo alguns relatos, Calígula desenvolveu vários métodos de tortura horripilantes e transformou as sessões em espetáculos públicos. Ademais, ele adorava mutilar seus prisioneiros ou jogá-los para serem devorados por leões famintos. Passatempo normal de imperadores romanos, certo?

➤ E as histórias a respeito de suas crueldades só aumentam... Diziam que ele curtia a ideia de devorar os testículos de seus inimigos e, para isso, mandava que suas vítimas fossem amarradas de cabeça para baixo, e as mantinha nessa posição enquanto arrancava o órgão pouco a pouco a ‘mordiscos’.  Que exagero! Mas vai que é verdade, né?

➤ Conta-se que certa vez, Calígula teria ordenado a morte de uma família inteira, mas, como a lei romana proibia que meninas virgens fossem executadas, ele primeiro obrigou a garota a assistir seus familiares serem torturados e mortos e, depois, fez com que o carrasco violentasse a coitada e enfim, mandou que ela fosse enforcada.
Nossa, parece até um episódio da Guerra dos Tronos...

➤ Historiadores (conhecidos também como fofoqueiros, hahahaha...) da época ou posterior, repetiam os relatos e ainda acrescentaram novas historias de demência à figura de Calígula. Alguns declararam que ele era um homem que tinha desejos sexuais peculiares. E, aparentemente, acabou gastando uma fortuna para construir dos palácios flutuantes destinados aos prazeres da carne. As embarcações ficavam no Lago Nemi e era coberto por ouro, que ia desde as estátuas até as taças. Além disso, as festas com orgias feitas por ele eram extravagantes e contavam com atrações inusitadas como as próprias irmãs e as esposas dos seus convidados.

➤ Provavelmente a história mais famosa é a que envolve 'Incitatus', o amado cavalo que Calígula teria tentado nomear como cônsul e sacerdote. 
Ele mandou construir um estábulo de mármore equipado com uma manjedoura de marfim e o animal teria vários serventes ao seu dispor — e era alimentado com grãos misturados com flocos de ouro.
De vez em quando os dois até comiam na mesma mesa. Sendo que, durante essas refeições, o cavalo chegava a ser servido com uma taça de vinho. Em certo momento, dizem que ele até obrigou uma multidão inteira a se calar depois de afirmar que o barulho que eles estavam fazendo incomodava o seu cavalo.
Isso que eu chamo de amor de pet!

➤ Por fim, o comportamento cada vez mais insano de Calígula teria acabado por despertar a ira do povo e, pior, a do Senado. Então, no ano de 41, quando ele tinha apenas 28 anos de idade (só isso?!), durante os Jogos Palatinos, um grupo de guardas o atacou, matando o jovem imperador com mais de 30(!) facadas. Além disso, sua esposa e filha também foram mortas. Violência gerando violência! As coisas fatalmente tendiam a isso na antiguidade...

A legitimidade das fontes sempre é questionável, principalmente na cultura política romana, quando se tratava de maus governantes.  Muitos pesquisadores apontam que a maioria dos relatos mais horripilantes surgiu muito tempo depois da morte do romano - como é o caso da prática de incesto com suas irmãs - ato descrito pela primeira vez por Suetônio, um historiador ‘fofoquito’, 80 anos (!!!!) após Calígula ter sido assassinado.
Sobre seu comportamento, na qual Calígula aterrorizava Roma com sua ‘doidice’ - ordenando execuções públicas a torto e direito, falando com a Lua ou nomeando seu cavalo para um cargo público — acreditam, também, ter sido recortes totalmente exagerados.

Ficam aí as apostas: conspiração? Ou não?

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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ode ao... piu piu!

Imaginem a cena:

Na Grécia antiga, uma vez por ano, as estradas de Atenas teriam vários pênis à mostra. Sim, isso mesmo que você leu: Pênis! O famoso 'passarinho'!
Homens e mulheres marchavam pelas ruas, segurando orgulhosamente uma peça no formato, gigantesca, acima de suas cabeças.

Isso era parte integrante de uma 'celebração dionisíaca' – um festival realizado em homenagem ao deus do vinho da crença grega. Os seguidores de Dionísio ficavam bêbados e uma procissão levava os 'pipis' gigantes ao templo, cantando canções sobre o 'bilu' e gritando grosseiras piadas às pessoas enquanto elas marchavam.
Festivo, não?

O "falicismo" não era só cultuado apenas pelos greco-romanos, mas celebrado em diversas civilizações antigas com formas diferenciadas. 

Os cultos não estão necessariamente ligados ao prazer carnal e a sexualidade, como nas concepções da atualidade, mas sim contra mau olhado e azar. 
Sendo, pois, representado por pingentes, braceletes e outros objetos (por exemplo, foto do pote, abaixo), poderiam ser usados como amuletos! Os amuletos fálicos, por vezes em formas aladas (aaaah, a quinta série que não nos abandona...) eram utilizados como símbolo de força, fecundidade, rapidez e triunfo.


Segundo Aristóteles, essas procissões foram o berço do teatro cômico.  Não é para menos, Ari! 
Ele afirmou que adaptaram as piadas que as pessoas gritavam durante essas caminhadas para usá-las em peças de teatro gregas. Assim, a contrapartida do gênero trágico (que mostra o melhor das pessoas) estaria no gênero cômico (que mostra o pior das pessoas). 

Atualmente a cultura fálica permanece. Não, não falamos dos desenhos que a gente encontra dos "bilaus" nas paredes de banheiros públicos. Temos como exemplo atual, os festejos de São Gonçalo do Amarante que possuem os chamados “quilhõeszinhos de São Gonçalo” (tipo de rosca doce - foto abaixo) que são consumidos durante as festas em honra do “casamenteiro das velhas”.


Fonte
Consumir as tais em praça pública requer coragem! hahahaha... 

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segunda-feira, 13 de julho de 2020

O lado espiritual de Arthur Conan Doyle

O nome de Arthur Ignatius Conan Doyle, famoso escritor e médico escocês, estará sempre associado às 60 histórias sobre o detetive ‘Sherlock Holmes’ da qual é o autor.
Arthur viveu intensamente e possui eventualidades na sua vida, que  podem não serem tão conhecidos pelos leitores. Vamos explorá-las?

➤ Doyle (foto abaixo) recebeu uma severa educação religiosa, mas quando alcançou maioridade, declarou-se agnóstico. Porém, acabou abraçando o espiritismo, fruto de uma série de "incidentes" na sua vida pessoal. 
Sua primeira esposa faleceu (de tuberculose), em 1906, assim como um dos seus filhos, posteriormente. Na Primeira Guerra Mundial, perdeu vários familiares. Tudo isso, levou-o a uma grande depressão e ele encontrou na espiritualidade, uma forma de lidar com a crise.
Doyle seguiu a doutrina mediúnica até o final de sua vida.

➤ Em 1907, ele se casou com Jean Elizabeth Leckie. Conan Doyle teve 5 filhos, 2 com a primeira esposa e 3 com a segunda.

➤ Foi um dos primeiros motoristas da Grã-Bretanha: Doyle teria comprado um carro sem nunca ter dirigido um antes. 
Em 1911, ele participou de uma corrida internacional organizada pelo Príncipe Henrique, da Prússia, competindo contra carros alemães. (Quem será que venceu a disputa?)

➤ Ao contrário do que se imagina, ele não foi nomeado cavaleiro por ter escrito as aventuras do detetive "Sherlock Holmes". Em 1902, o rei Eduardo VII concedeu a Doyle o titulo de ‘Sir’ por seu panfleto de não ficção, “A Guerra na África do Sul: Causa e Conduta”, em que justificava o papel do Reino Unido na Guerra dos Bôeres. Uma propagandinha política, então, teria dado a ele o título. 

➤ Há um aspecto da criação de Conan Doyle que é menos conhecido. Não nos referimos às obras religiosas, de cunho espiritualista, escritas a partir de 1916, como “A Nova Revelação” (1918) e “A Mensagem Vital” (1919). Trata-se de suas narrativas de horror - que, assim como essa crença religiosa, expressam o fascínio do autor pelo que está além da explicação lógica, científica. Conan Doyle escreveu diversos contos breves de horror sobrenatural, psicológico e grotesco, entre outras vertentes. Mas não são tantos os fãs da literatura sombria que sabem disto. Fica a dica!

➤ De acordo com alguns relatos, Doyle era bem ativo. Inclusive, jogava cricket com J.M. Barrie, criador de "Peter Pan". Eles também trabalharam juntos em uma ópera cômica, “Jane Annie”. Dizem que Barrie implorou ao amigo para que revisasse e terminasse a ópera por ele.

➤ Pela proximidade, pode ter dado ‘pitacos’ em “Drácula” e “A ilha do tesouro”. Tudo por que Doyle também era colega de Bram Stoker (que inusitado!) e Robert Louis Stevenson, na Universidade de Edimburgo. 

➤ Entre suas numerosas amizades com "celebridades", estava o famoso mágico e escapista Harry Houdini. Durante anos, foram amigos, mas por conta de sua postura frente à existência de feitos paranormais, eles se separaram. Mesmo quando Houdini revelou os segredos de seus truques, Doyle ainda acreditava na magia.  Ao que contam, as divergências de opiniões aumentaram e acabaram por romper o contato por completo.

➤ Doyle não era fã só de críquete e futebol. Ele também adorava esquiar, tanto que ajudou a popularizar o esporte. Depois de uma mudança para Davos, na Suíça, em 1893, ele dominou o básico da técnica e passou a esquiar regularmente com a ajuda dos irmãos Brangger, dois moradores locais. 
Eles foram os primeiros a cruzar a rota de 19 km de Maienfeld Furka, que separava Davos da cidade vizinha, Arosa. 
Doyle também foi o primeiro inglês a documentar a emoção de esquiar, dizendo: “Você se deixa levar!” e “Naquele ar glorioso, é uma experiência deliciosa.” O escritor previu acertadamente que, no futuro, centenas de ingleses ‘migrariam’ para a Suíça justamente para a temporada de esqui.

➤ Conan Doyle foi encontrado apertando seu peito nos corredores em sua casa, no dia 07 de julho de 1930. Ele morreu de ataque cardíaco aos 71 anos.
Suas últimas palavras teriam sido ditas à sua esposa: “Você é maravilhosa”. Romântico, hein?
Em seu túmulo, no Cemitério de Minstead, o seu epitáfio traz:


Verdadeiro Aço
Lâmina afiada
Arthur Conan Doyle
Cavalheiro
Patriota, Médico & Homem de letras

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Cristóvão Colombo era casca grossíssima!

Na postagem de hoje, vamos desvendar as lendas e as veracidades sobre o grande navegador e explorador italiano, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano: Cristóvão Colombo. 
Muitas coisas que aprenderam na escola não são tão legítimas assim... Confiram!

➤ Ainda que alguns pensem, Colombo não era espanhol. O descobridor da América nasceu na cidade italiana de Gênova. Seu nome em italiano era Cristoforo Colombo (foto ao lado).

➤ Não se sabe até que ponto é verdade, mas alguns historiadores argumentam que Colombo teria proposto a viagem pelo Atlântico ao rei de Portugal antes de sugeri-la à Coroa espanhola. 

➤ Cristóvão não foi o primeiro europeu a chegar à América. Antes dele, os vikings já tinham estado no continente. A descoberta é atribuída ao Bjarni Herjólfsson, no ano de 999, mas por conta de brigas entre os próprios grupos vikings e conflitos com os nativos, não foram bem-sucedidos na colonização da América (talvez, essa nem era a intenção dos mesmos...)
Colombo, quando navegou no final do século XV, em busca de um caminho à Ásia, foi parar na região hoje conhecida como o arquipélago das Bahamas.

➤ Há um mito de que Colombo queria mostrar a todos que a Terra era redonda – e não plana, como as autoridades eclesiásticas defendiam. (Porque raios essa ideia de Terra plana retornou, nem Deus sabe explicar...) Mas ele não tinha essa intenção. As teorias de que a Terra era redonda vêm desde os filósofos da Grécia Antiga (Pitágoras, Aristóteles, Eratóstenes), mas só tiveram respaldo científico com as descobertas de Isaac Newton, no século XVII. 
O que registrou-se é que Colombo, acreditava que a Europa era bem maior do que realmente é, e que o Japão estava bem mais distante da China do que se imaginava. Por isso, ele acreditava que, navegando a oeste, chegaria à Ásia. Eu conto, ou vocês contam?

➤ Na noite de 3 de agosto de 1492, Colombo partiu com 3 navios. Outro mito envolvendo sua história é os nomes dessas caravelas. Aprendemos que eram: Santa Maria, Pinta e Nina, certo? Quase! De fato, todas as embarcações que saíam da Espanha naquela época tinham o nome de algum santo. Assim, a nau maior, Santa Maria, apelidada de Gallega, seria um nome verdadeiro e as outras duas caravelas menores, eram Pinta e Santa Clara. Esta última foi apelidada de Niña em homenagem a seu proprietário Juan Niño de Moguer.

➤ A América foi avistada às 2h da manhã de 12 de outubro de 1492, por um marinheiro a bordo da caravela Pinta, Juan Rodríguez Bernejo (conhecido como Rodrigo de Triaga). Quando eles avisaram as autoridades espanholas, Colombo interveio e disse que ele quem havia notado uma luz no horizonte. Ele ficou com os créditos e ganhou muito por isso, deixando o verdadeiro descobridor sem nada. Que infeliz safado!!!
Cristóvão chamou a ilha (atual Bahamas) de San Salvador.

➤ Daí pode-se tirar como conclusão que Colombo não era flor que se cheirasse...
Inclusive, muitas pessoas de sua época o viam como um ‘monstro’ e o navegador amedrontou muitos com as suas maldades extremistas! Quem só ouviu falar, chocou-se depois de estudar sobre ele! Eis algumas de suas supostas crueldades: Vários nativos foram capturados por ele e feitos escravos. Colombo mandou alguns para o Haiti onde acreditava ter muito ouro e vários deles morreram durante a viagem. Os que retornaram com uma boa quantidade de ouro, receberam uma marcação no pescoço como sinal de que deveriam continuar a viver. Os que não estivessem usando isso teriam uma recompensa um pouco mais dolorosa: suas mãos eram cortadas! Não era um tipo de amputação, pois as feridas não eram tratadas e as vítimas eram deixadas para sangrarem até a morte. 
Não existia tanto ouro no Haiti, o que tornava quase impossível trazer o que Colombo exigia, ou seja, a maioria deles, atentos que não conseguiriam, tentavam fugir, mas os espanhóis os caçavam com cachorros e os matavam assim que os capturassem. Bartolomé de las Casas, um padre que se juntou a Colombo no Novo Mundo, em uma carta para Portugal escreveu: “Meus olhos viram esses atos tão estranhos à natureza humana e agora eu tremo enquanto escrevo”. Traumático, no mínimo!
Ele afirmava ainda, que os homens de Cristóvão cortavam partes dos nativos para testar suas lâminas e que faziam apostas de quem cortaria um nativo em duas partes primeiro ou qual conseguiria cortar uma cabeça de uma vez só. Sádico!!!
Colombo não parou de torturar os nativos e também começou a torturar, também, seus próprios aliados: Enquanto ele permaneceu no Novo Mundo, a comida ficou escassa, então estabeleceu-se algumas regras e uma delas era matar enforcado quem ousasse roubar um mísero pão. 
Quando um garoto roubou um peixe que estava fora da rede de outro, Colombo mandou cortar as mãos do garoto. Outro menino foi visto roubando milho, e Colombo decretou que arrancassem suas orelhas e seu nariz, o chicoteou e em seguida o vendeu como escravo. Quanto horror, não é mesmo?
E a lista das supostas atrocidades não para, infelizmente... Quando uma mulher espanhola irritava Colombo, ele sempre se certificava de que ela estava sendo humilhada corretamente. Ele a mandava ficar nua e a colocava para desfilar pela cidade montada em uma mula. 
Há um relato de que Colombo acusou uma garota de estar mentindo sobre gravidez. Ele então levou a moça para a cidade, totalmente nua em cima de uma montaria, e em seguida cortou a sua língua. 
Em certa época, o navegante resolveu transformar algumas moças em escravas sexuais para fins lucrativos. Sendo assim, ele começou a oferecer crianças entre 9 e 10 anos. Um homem chamado Michele de Cuneo escreveu em uma carta relatando que Cristóvão havia lhe dado uma jovem para servir de escrava sexual, e mesmo sem querer, foi forçado a ficar com ela. 
Pelo visto, aquela figura do Colombo que conhecemos, o desbravador de terras e tudo o mais, pode ter sido uma propaganda falsa, hein? Ele pode ter conseguido toda a fama pelos meios mais terríveis inimagináveis!

➤ Além disso tudo, Cristóvão e seus marinheiros não se limitaram a introduzir as doenças do continente Europeu no Americano. Eles levaram da América para a Europa, a famigerada sífilis! Embora essa teoria não seja nova, estudos de 3 universidades dos Estados Unidos confirmam que a primeira epidemia de sífilis na Europa, de que se há notícia, ocorreu em 1495, dois anos após o regresso de Colombo de sua viagem de descobrimento. Estudos genéticos da bactéria, em 2008, reforçam a hipótese da origem da epidemia... Algo não muito surpreendente, mas completamente decepcionante!

➤ Colombo foi recebido na Espanha com todas as honras depois da primeira viagem. O mesmo, porém, não ocorreu após a segunda e a terceira viagem. Na terceira, ele voltou preso em virtude de um conflito que não conseguiu controlar entre nativos e europeus. 
Depois, foi detido pela Coroa Espanhola por acusações de tirania e brutalidade aos povos indígenas. Demorou, não?!
Mais tarde, negou ter ganhado qualquer benefício por sua ‘descoberta’ e depois ainda, na ocasião de seu falecimento, alguns herdeiros reclamaram indenizações por conta de suas contribuições (através de pleitos colombianos).

➤ Apesar de assegurarem que Colombo tenha vivido ‘seus últimos dias’ pobre e esquecido, alguns garantem que ele possuía uma considerável riqueza proveniente do ouro que os seus homens haviam ajudado a acumular na Ilha de São Domingos. De acordo com seus diários pessoais, ele estava quase cego e sofria bastante em virtude da artrite. Se tudo que disseram que ele fez, for verdade, não havia sofrimento suficiente que não fizesse pagar os "pecados". 
Cristóvão faleceu em Valhodoid, na Espanha, no dia 20 de maio de 1506, com cerca de 55 anos de idade, de parada cardíaca causada por artrite reativa.

Acredite se quiser, mas Colombo morreu convencido de havia descoberto ilhas na costa oriental da Ásia, ao invés de um novo continente. Há!

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